CHUVA DE PRATA
Junto à grande janela de minha casa encostada;
Olhando o vai e vem do balanço de uma videira;
Solto livre meu pensamento;
As lembranças de forma ingrata;
Olhando o vai e vem do balanço de uma videira;
Solto livre meu pensamento;
As lembranças de forma ingrata;
Tem cheiro e sabor de passado;
Uma forte e triste recordação
Produzem uma saudade certeira!
Tantas vezes carreguei o sentimento;
De, sempre calada, ter – te amado;
Mesmo à distância, amor ausente;
Meu ser de ti não se solta;
E a saudade vive a machucar!
Pingos de chuva com reflexos de prata;
Estão a cair na janela;
Dos meus olhos, a mágoa não é lavada;
E o caminho que trilho é sem volta;
Não sei como e nem onde te encontrar;
Minha vida tal qual fio de cascata;
Que encontra um rio caudaloso;
Caminha rápido à diluição;
O cair da chuva, mais devagar;
Permite meu choro tormentoso;
Por noites em que me senti tão carente;
Por tudo que passei e cheguei a sentir;
Pela eterna vontade de te amar!
De tanto chorar e minha cabeça balançar;
Não vi a chuva de prata parar;
Estava alegre a te esperar!.
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