À semelhança do que se constata entre Portugal e Espanha, também é muita acesa a rivalidade entre brasileiros e argentinos. Até num jogo de berlindes, os brasileiros querem ver os argentinos perderem. Não tem como mudar este cenário. Claro que eu, já com nove anos do Brasil (perfazem a 20 de agosto próximo), também quero ver, em tudo o que seja em termos de competições, os argentinos na mó de baixo, bem como os espanhóis.
Mas, hoje, sinto-me altamente satisfeito pelo fato de um argentino, no bom
sentido da palavra, ter "vergado" os brasileiros. Os que compareceram
"in-loco" e os que acompanharam através das televisões. Óbvio que
estou a falar do Papa Francisco, um argentino nascido em Buenos Aires e que,
com toda a sua humildade, simplicidade e a espaços pitadas de um salutar humor,
"vergou" os brasileiros. Diria mesmo que não acredito que haja um
brasileiro que não simpatize com este argentino, ao cabo o primeiro Papa que
representa a América Latina. Este é, inegavelmente, o argentino que qualquer
brasileiro não se importaria de beijar a mão. Ipso fato, e porque não pode
haver rivalidades no que concerne à essência da Igreja Católica, é caso para
trazermos aqui uma verdadeira união: Viva o Brasil, Viva a Argentina na pessoa
do Santo Pontífice.
Do
muito que o Papa Francisco revelou durante esta viagem de peregrinação ao
Brasil onde participou na Jornada Mundial da Juventude, este tema, “quem sou eu
para julgar os gays”, impressionou. O Santo Pontífice dixit:
A
Igreja não pode julgar os gays por sua opção sexual e nem marginalizá-los. O
alerta é do papa Francisco que, quebrando um verdadeiro tabu, deixa claro que
estende sua mão a esse segmento da sociedade. “Se uma pessoa é gay e procura
Deus e tem boa vontade, quem sou eu pra julgá-lo”, declarou. “O catecismo da
Igreja explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser marginalizados por
causa disso, mas devem ser integrados na sociedade”, insistiu.
As
declarações foram dadas em uma entrevista concedida pelo papa aos jornalistas
que o acompanharam no avião entre o Rio e Roma, Na conversa, a garantia do
argentino de que o Vaticano tem como papa uma “pessoa normal”, um “pecador” e
que vive junto com os demais religiosos porque morar no Palácio Apostólico o
geraria problemas psicológicos.
O
que se contatou na despedida:
Emocionante a despedida do Papa Francisco. Em autêntica apoteose. Não temos a
menor dúvida, em função do que presenciamos durante a sua permanência, que o
Papa Francisco leva o povo brasileiro no coração. E na despedida, que ocorre
neste preciso momento, não faltou o hino nacional do Brasil. Ontem, em
Copacabana, estiveram cerca de três milhões de fieis. Foi um autêntico delírio.
Que acrisolada fé do povo brasileiro, testemunhada por um Santo Pontífice que,
pelo seu carisma, também permanecerá no coração de todos. Um Papa humilde, simples,
alegre, sempre presente com o povo que o seguia. Valeu, Papa Francisco!
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