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485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

domingo, 24 de março de 2019

Do poeta-escritor Alexandre Oliveira


A Cruz que Carrego

Cometemos tantos enganos que cheguei ao conceito de nunca dizer que estou salvo. Mas, dizer que me livrei de tal empecilho que tanto incomodara a mim, e aos amigos.  Pois, se recebi aquele oficio para realizar e este por suposto seja algo espinhoso, eu tenho que levar este até o final como foi dito para fazer. 

Porque se foi dito que eu posso fazer, é porque alguém sabe o quanto sou capaz.  E eu não vá cortar as arestas.  Quer exemplo disto?... 

Espera só um pouco mais que irei mostrar.  Tenho que carregar a minha cruz do modo que me fora determinado. Fora idealizada. Creio nisto. Ninguém irá querer carregar minha cruz.  Ninguém é bobo.  E eu tenho que deixar de ser trouxa.  Porque esperto também se enrola, e quando este se enrola, todo o laço dá um nó. 

Eu não sei se você pensa assim. 

Eu não tenho a mínima vontade de competir contigo quando aparentemente temos o mesmo caso.  Se hoje estou bem, e amanhã esteja lamentando ter tirado proveito de sua ingenuidade querendo por fim mostrar que sou melhor. Amigo, eu respeito o próximo, e vejo assim nossas diversidades. Se eu posso ajudar por qual motivo devo atrapalhar você com seu projeto? 

A gente, quando mais moço imagina ser Super, Hiper ou mesmo Max. Amiguinho, isto é propaganda enganosa, o que eu faço você também faz.  Não adianta arrumar gato.  E dizer a todos que sabe de cor o que diz o livro da vida.  Eu sinto sim, que a cruz que carrego é bastante pesada. 

A vida na terra é uma passagem, o amor uma miragem, mas a amizade é um "fio de ouro" que só se quebra com a morte. Você sabe? A infância passa, a juventude a segue, a velhice a substitui, a morte a recolhe. A mais bela flor do mundo perde sua beleza, mas uma amizade fiel dura para a eternidade. Viver sem amigos é morrer sem deixar lembranças. Eu quero ter um amigo fiel que muitos infiéis, que nos quer ver pelas costas, porque tem ciúmes, ou , inveja da graça que você recebeu para tocar a bola para frente.  

Pessoas que parecem sepulcros caiados encontramos a cada esquema. E, por falar sobre hipócritas faz algum tempo que deixei esse grupo de lado e posso dizer que me livrei de uma boa campanha donde jamais dentre estes poderia ser eleito já que meu valor é refinado, tem requintes de ser de boa safra. 
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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