Rodrigo Guedes de Carvalho
A TODOS OS TÍTULOS
a coragem é o que mais admiro numa pessoa. Só ela, na verdade, me merece respeito. A coragem de lutar quando tudo parece perdido, a coragem de enfrentar os fortes numa guerra justa, a coragem de mostrar sentimentos, de proteger quem precisa de amparo. Há, depois e também, a coragem mais clara e literal, como a de arriscar a vida simplesmente porque se nasceu assim, num fio de navalha de superação, que se torna uma forma de respirar.
Em toda a minha carreira, poucos momentos me marcaram como o dia em que dei a notícia da morte de Senna, há precisamente 25 anos. Embora pressentisse, desde sempre, que ela viria num dia assim, num qualquer limite que procurava. Eu nem gostava muito de corridas de automóveis, gostava do Senna. A melhor maneira de o descrever é, em si, uma espantosa definição de coragem: ele não ganhava por ser o mais rápido, ganhava porque era o que travava mais tarde. Acrescento, para justificar porque me aborrece a fórmula 1 actual, que o carro de Senna tinha uma potência de 1200 cavalos e caixa manual. Os carros de hoje têm 700. Era muita coragem. Ou um par de palavras que não fica bem escrever aqui.

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