
Carlos Alberto Alves
Ao empatar
com o México e uma vez que a seleção anfitriã já tinha vencido o seu jogo ante
a frágil Nova Zelândia, a Portugal interessava, fundamentalmente, vencer este
segundo jogo no esgrimir com a Rússia. Mas, para o efeito, Portugal não podia
cometer os mesmo erros defensivos que originaram o empate com os mexicanos. De
facto, José Fonte e Guerreiro estiveram muito abaixo das suas possibilidades,
nomeadamente em termos de marcação.
Como se
previa, Fernando Santos operou para este jogo alterações com as entradas de
Bruno Alves, Adrien Silva, André Silva e Bernardo Silva, saindo José Fonte,
João Moutinho, Quaresma e Nani.
O JOGO – Portugal começou com as marcações
em cima na zona do meio-campo, mas a Rússia também procurava responder com a
mesma moeda, Mas foi mesmo Portugal que inaugurou o marcador logo aos 8 minutos
por intermédio de Cristiano Ronaldo com um belíssimo golpe de cabeça dando
sequência a um cruzamento vindo de Rafael Guerreiro. Uma bela joga de
envolvimento de Portugal, com CR7 a festejar ao seu peculiar estilo. O primeiro
golo de Portugal em jogos efetuados na Rússia. Efetivamente, um Portugal bem diferente em
relação ao início do jogo com o México. E Portugal controlava o jogo com trocas
de bola e passes de pé-em-pé. Muito melhor do que havia exibido no primeiro
jogo, mas era preciso ter atenção nos lances de bola parada dos russos, pese
embora a dificuldade da Rússia em gizar lances de boa técnica.
E Portugal continuava a comandar as operações, ocupando todos os espaços do gramado. Domínio total da seleção portuguesa, com Guerreiro desta feita a cumprir a preceito quer a defender quer a atacar. Caso para se dizer que tivemos o Guerreiro de outros jogos de enorme capacidade. E foi ainda Portugal que criou outro lance de “frisson” com Cristiano Ronaldo a desferir um remate perigoso que foi rechaçado pelo goleiro russo com os pés.
A SEGUNDA – PARTE – Se este era um jogo para ter
paciência, Portugal, pelo que fez no período anterior, assim o interpretou com
muita determinação e um futebol de muito melhor qualidade.
E o primeiro
lance de perigo neste segundo período foi protagonizado por uma cabeçada de
André Silva que o goleiro defendeu magistralmente. Aliás, estava a ser a grande
figura dos russos. Mas também é bem verdade que a Rússia estava procurando dar um
ar da sua graça a partir do meio-campo para a frente. Era o que se impunha para
uma seleção que estava em desvantagem e jogava em casa. Também era uma forma de Portugal sair em
rápidos contra-ataques. Mas convém sublinhar que a Rússia estava crescendo no
jogo, mais animada. Mas, numa resposta de contra-ataque, Ronaldo falhou o golo
com um golpe de cabeça.
Portugal
teve uma contrariedade, a lesão de Rafael Guerreiro que foi substituído por
Eliseu Santos. Em função da reação do adversário, Portugal precisava marcar o
segundo golo para quebrar esse tal redobrado entusiasmo dos russos que
pressionava em busca do empate. E a verdade é que o jogo, ao invés da
primeira-parte em que Portugal foi sempre mais equipa, estava pegado. Mas Portugal,
com trocas de bola de pé-em-pé deu uma calmada no jogo, daí Fernando Santos
fazer entrar Gelson Martins no lugar de André Silva, derivando Cristiano
Ronaldo para o eixo do ataque. E a nove minutos para o termo do encontro Danilo
substituiu Adrien Silva. Danilo para dar uma segurada no meio-campo.
Nos minutos
de compensação era previsível o “forcing” dos russos na tentativa de chegar à
igualdade e o público puxando pela sua seleção que não logrou os seus intentos.
Portugal
venceu o jogo, sobretudo pelo que fez na primeira parte. Com esta vitória
Portugal ficou bem colocado para passar à fase seguinte.
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