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sábado, 26 de agosto de 2017

Do jornal A União




ALGUÉM HÁ-DE PAGAR!

Foram mais os continentais do que madeirenses que passaram pela ilha Terceira na qualidade de jogadores de futebol. De madeirenses, algumas figuras carismáticas que acabaram por permanecer na ilha, um deles o Jesus, nacionalista de gema (Nacional da Madeira) e que representou o União Praiense se a memória não me atraiçoa. Se foi atraiçoada, paciência, visto que reconheço
o fato de não estar isento de omissões. Muito faço escrevendo tudo de memória. Tudo ou quase tudo... O Jesus era, na verdade, um cidadão que revelava enorme respeito por todos aqueles que o rodeavam e, dentro das quatro linhas, sempre teve uma conduta exemplar.
Outros madeirenses que o futebol terceirense contou: Basílio e José Mendonça ao serviço do Lusitânia. Basílio regressou à sua ilha, ao invés do Mendonça que terminou a sua carreira no Marítimo do Corpo Santo e que, também, foi muito prestativo em termos musicais, fazendo parte do célebre Conjunto Insular. Ele na bateria e Arlindo Nascimento no órgão (... e piano), uma dupla famosa, para além dos outros elementos do grupo, creio que o Juvenal Medeiros (RIP) e o Fernando Costa, atualmente no Canadá. Se estou errado, façam o favor, via email (jornalistaalves@hotmail.com) de me informar porque não tenho (nunca tive) pejo em remediar o meu erro. Se tal aconteceu...

Mais um madeirense, este de se lhe tirar-o-chapéu, o inconfundível Eusébio que, durante algumas épocas, foi figura de destaque no União Desportiva Praiense. Eusébio que trabalhou no NCO Clube da Base Americana das Lajes e que, mais tarde, emigrou para os Estados Unidos, radicando-se em Lowell. Eusébio que ainda ficou mais famoso com a célebre frase “alguém há-de pagar”. Uma frase que se tornou rotineira quando o Eusébio aparecia. Digamos, sem pontinha de exagero, uma figuraça, mas uma figuraça (termo muito aplicado pelos brasileiros) muito querida pelos seus amigos e conhecidos. 
Numa das minhas viagens aos Estados Unidos, óbvio (...) que encontrei o Eusébio, creio que nos “Vermelhos” de Loweel. Se não foi nos “Vermelhos” foi nos “Azuis”. A distância entre as duas sedes era curta. A certeza, e que não esqueço, é que lá encontrei o Eusébio e, de imediato, veio a famigerada frase: “alguém há-de pagar”. Mas manda a verdade dizer que foi ele que pagou uma beer para o seu amigo jornalista. Hoje por onde andará o Eusébio? Continua em Loweel? Depois saberei a resposta, através dos meus conterrâneos-amigos que por lá andam, alguns deles regularmente presentes no facebook.
De madeirenses, e para encerrar, o Virgílio Silva que foi presidente do Praiense e que, numa das minhas viagens aos Estados Unidos, encontrei-o, estava eu na companhia do Ildeberto Alves e do antigo jogador do Lusitânia, Jorge da Rosa Faria e Silva. Depois, nós os quatros, para mantermos a escrita em dia, fomos até a uma restaurante em Boston. Os bons-velhos-tempos das viagens aos Estados Unidos.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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