Mas, depois, volvidos alguns anos, mais uma
história de um carro, desta feita muito menos problemática.
Num dos Jogos Juvenis Insulares, na ilha da
Madeira, eu e o Sérgio Aguiar ( à noite andávamos sempre juntos), encontramos,
a sair de um Hotel luxuoso (Sherton), o nosso Mário Nunes, conduzindo um
Renault vermelho. Saiu do carro, deu-nos um abraço, pegou nas chaves e saiu-se
assim: “pega o carro, depois falamos”.
Repentinamente, voltou para dentro do Hotel (ali
havia “pescaria” da boa). Eu e o Sérgio Aguiar fartamos de rir. Bom, até deu
jeito o carro para darmos umas voltas na cidade do Funchal, com o Sérgio a
conduzir. Pudera. Mas na minha mente continuava (e ainda hoje continua) a
história passada com o Ford, que mais tarde acabaria mesmo por vir para a
Terceira.
Ainda sobre o Renault, no dia seguinte, fomos entregá-lo
ao Mário Nunes que nos esperava num dos estabelecimentos do presidente do
Marítimo (António Henriques), ali bem pertinho do Lido Sol. Só aí é que o Mário
Nunes nos contou o seu retorno ao Hotel. Entendeu-se... Naquela noite, fomos
“os salvadores” do Mário Nunes.
Portanto, sempre que encontro um Ford do mesmo
modelo daquele de 1977, lembro-me do Mário Nunes, do João Manuel Fraga, e de
todas as peripécias em que ficamos envolvidos quando o carro começou a deitar
muito fumo. Só sei que houve uma alma caridosa, que por ali passava que nos
ajudou com um extintor. Creio que, sem aquela ajuda, o prejuízo seria muito
maior. O Nunes apenas gastou 12 500 escudos, nada que causasse um “profundo
rombo” no orçamento de um treinador de futebol que veio ganhar um vencimento
muito razoável. Depois, justificado, com a subida à II Divisão.
Se me perguntarem, hoje não sei o paradeiro do
Mário Nunes. Estará no Algarve, concretamente em Portimão? Será que aquele Ford
entrou para o museu dos carros? Como dizem os brasileiros “putz grila”, que
significa caramba, puxa a vida, etc.. E tudo isto tem a ver com aquele Ford que
me deu imensas dores de cabeça.
Sem comentários:
Enviar um comentário