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485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

domingo, 5 de agosto de 2018

Homenagem ao grande ativista Dr. José Orlando Bretão




Real República dos Corsários das Ilhas
Fundada em 1958

José Orlando de Noronha da Silveira Bretão nasceu em Angra do Heroísmo a 14 de Abril de 1939 e faleceu na mesma cidade a 24 de Outubro de 1998. Foi um advogado, dramaturgo e estudioso do folclore açoriano, em especial das danças de Carnaval e das Festividades do Espírito Santo. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi dirigente associativo e co-fundador da Real República Corsários das Ilhas.


Membro activo do movimento estudantil, no ano de 1962 esteve detido na prisão política de Caxias, fazendo parte do grupo de quarenta universitários presos pela PIDE em Coimbra naquele ano. Advogado em Angra do Heroísmo, foi consultor Jurídico do movimento sindical desde Janeiro de 1969 e participou desde então em todas as principais lutas reivindicativas dos trabalhadores terceirenses, antes e depois de 25 de Abril. Especialista de Direito do Trabalho, participou em vários encontros nacionais e regionais sobre Direito Laboral. Foi, nos Açores e durante vários anos, praticamente o único advogado que se dispôs a prestar serviço no movimento sindical unitário.




Foi co-fundador do Círculo de Iniciação Teatral da Fanfarra Operária, onde encenou várias peças de teatro e dirigiu cursos de formação. Sócio efectivo do Instituto Histórico da Ilha Terceira e do Instituto Açoreano de Cultura, foi Presidente da Academia Musical da Ilha Terceira, Sócio Honorário da Sociedade Recreativa Nossa Senhora do Pilar das Cinco Ribeiras e Sociedade Filarmónica Recreio de Santa Bárbara. Foi co-fundador das Cooperativas Culturais Unitas e Centelha, em Coimbra, e da Sextante e Semente, nos Açores. 


O Dr. José Orlando Bretão foi diretor do jornal "O Lusitânia" durante 21 anos, entre 22/4/1970 (jornal nº 159), até o mesmo jornal deixar de se publicar em 1991. Foi também Presidente da Mesa da Assembleia-Geral.




Foi Presidente da Assembleia Geral do Cine-Clube da Ilha Terceira e das Assembleias Gerais do Teatro Experimental de Angra O OUTRO TEATRO e da Associação Cultural Oficina d’Angra. Pintor naïf , está representado em  várias colecções públicas e particulares. Foi o primeiro Delegado do F.A.O.J. nos Açores, organismo que viria a dar origem às Casas da Cultura. Em Fevereiro de 1997 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Municipal de Prata Dourada, pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.



Em 21 de Fevereiro de 1998, numa cerimónia que teve lugar no Museu de Angra do Heroísmo, foi celebrado um acordo entre JOSÉ ORLANDO DE NORONHA DA SILVEIRA BRETÃO e a então designada Casa da Cultura de Angra do Heroísmo, segundo o qual ficava entregue à guarda da Casa da Cultura a colecção de textos, fotografia e gravações vídeo e áudio de Danças de Entrudo, Bailinhos e Comédias do teatro popular da ilha Terceira, resultante de uma recolha efectuada pelo investigador ao longo de trinta anos. Pelo acordo assinado, a Casa da Cultura da Terceira comprometeu-se a proceder à salvaguarda da colecção recebida, facultando-a aos estudiosos da matéria para análise e investigação.

Ao ser criado o Centro de Conhecimento dos Açores, a Colecção José Noronha Bretão - Teatro Popular da Ilha Terceira, transitou para o referido Centro, estando disponível ao público interessado no fenómeno cultural do teatro popular da ilha Terceira.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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