Do poeta-escritor EMANUEL ÁVILA

BERÇO DOURADO PODEROSO

De Portugal mais propriamente
Eu falo do meu país
Português humano diferente
Mas legítimo de raiz.

Perante uma detenção
Para a justiça averiguar
Tendo dinheiro paga precaução
Se não tiver fica a aguardar.

Sendo pobre o cidadão
O que nunca roubou
Sério passa por aldrabão
Pois da prisão não se libertou.

Uma justiça de política
O poderoso paga e recorre
Prolonga-se o tempo o processo estica
A vida muda muita coisa morre
Pois quem é pobre e o bem pratica
Sofre com a dor e lágrima que escorre.