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segunda-feira, 20 de maio de 2019

TIO AUGUSTO GOSTAVA DE UMA FOFOCA


TIO AUGUSTO GOSTAVA DE UMA FOFOCA
  
As coisas vão escorrendo, vão surgindo quando a concentração se vira para o outrora. E há casos em que um simples email, uma simples foto, nos leva a um assunto desse velho tempo que para muitos foi marcante, apesar de andarmos submetidos ao regime salazarista. Mas, hoje, com troikas e outras coisas tais,
até já vemos o Salazar “pra cá e pra lá”. Já ouvi alguém dizer que vivia melhor no tempo do ditador, mau grado o fato de não se poder exprimir o que ia na alma. A tal censura, a tal PIDE, que incomodava. É uma pura realidade. Mas hoje, por certo, existem sectores semelhantes que afinam pelo mesmo diapasão. Quem tem dúvidas nesse sentido?

Recebi recentemente um email de incentivo, pela minha memória, do amigo e distinto médico Luís Brito de Azevedo. Sim, amigo, posso dizer isso. Aliás, o mesmo em relação aos outros irmãos. Quando muito jovem conheci a família que, tal como eu, passava os fins-de-semana no Porto Judeu. Por isso é que ainda hoje são muito queridos na localidade. O tempo jamais apagou o quanto o falecido Comissário Brito gostava da sua e nossa freguesia. Digo nossa porque, também, não esqueço os bons momentos de infância que por ali passei, no tempo das grandes rivalidades, assunto que inclusivamente já escrevi no artigo 

PORTO JUDEU DE ONTEM E DE HOJE.

Com o email do DR. Luís Brito de Azevedo, lembrei-me logo da figura do seu sogro o Tio Augusto com quem, profissionalmente falando, tive contatos diretos. Era uma pessoa de uma calma extraordinária, sempre prestativo e de uma compreensão que sempre considerei de paradigmática.

Tio Augusto, esclarecendo desde já o Dr. Augusto Pamplona Monjardino, gostava muito de uma fofoca, de saber novidades disto e daquilo, mas isso junto das pessoas que ele conhecia e também sabendo os terrenos que pisava nesse sentido. Sempre que me via, Tio Augusto perguntava o que há de novidades neste futebol? Lá passava o que na altura conhecia e, também, outras novidades relacionadas com áreas diferentes. Quase que me considerava um jornal informativo para o Tio Augusto. Uma coisa quero aqui deixar clara: nunca falamos de mulheres, até pelo grande respeito que eu tinha pelo Tio Augusto, outra figura que recordo com enorme saudade. Era um homem de bom coração e que não complicava a vida a ninguém.

Tio Augusto, quando eu chegar ao “outro lado da vida”, levo um enorme relatório para nos deliciarmos por um tempo prolongado. São muitas as páginas e, desta feita, vou mesmo ter que falar de mulheres. Não é pecado e nem será uma falta de respeito para com o Tio Augusto. Uma fofoca diferente.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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