JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Do ciclo de crónicas e flashs que escrevi e publiquei sobre Roberto Carlos


Da minha mesa de trabalho – Crónica de ficção
Há coisas que se desconheciam em relação ao rei Roberto Carlos, coisas essas que, com o decorrer do tempo e com as consentâneas pesquisas, se vai conhecendo. E, na maioria dos casos, coisas bonitas. E vou interromper este escrito para ouvir Coisas Bonitas.

Voltei. Foi bonito a valer. Pensei que lá não chegaria porque ainda estava com um pouco de sonolência. Mas já passou. Basta escrever sobre o rei que o sono deixa de me incomodar.
Roberto:
Sou teimoso. Exagero um pouco na minha teimosia. Quando estou trabalhando num CD - e as coisas estão indo bem - eu até paro para pensar um pouco. Descanso, relaxo. Quando vou ouvir de novo, digo: Estava bom. Teimei demais.
Com que então teimosinho. Quem “havera” (termo da minha terra que é aplicado por um homem do campo, sem instrução primária) de dizer. Também teimosinho com a mulherada? Aqui temos dúvidas. Mas, com elas, por vezes é necessário ser teimoso. De acordo, Robertinho?
Li essa do Chico Buarque:
Chico Buarque disse numa entrevista que, com o passar do tempo, a necessidade de fazer música vai diminuindo, porque música popular, segundo ele, é coisa de juventude. A fonte do Roberto Carlos compositor começou a diminuir, ou não será assim? 
Roberto:
Não. De jeito nenhum. Eu sinto diferente: a necessidade de fazer música não tem diminuído com o tempo. Sempre quero fazer alguma coisa nova. Quero falar das coisas que sinto numa nova música. Penso assim. Logicamente, com o passar do tempo a gente gosta um pouco mais do conforto e de trabalhar um pouco menos. Mas fazer música é algo de que gosto muito. Não tenho menos vontade de fazer música. Gosto de fazer. Quero fazer mais. 
A família é grande. Os netos são sempre bem-vindos a casa e agora, recém-nascida, tem a Laurinha. Para quando uma canção dedicada à Laurinha? Namorada, não existe. Aquela história da vizinha foi inventada. Por conseguinte, há tempo para fazer música. Vontade é coisa que não falta. Vontade para fazer música e outras coisas gostosas. Será exagero da nossa parte, Robertinho?

                                                  
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário