JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Do ciclo de crónicas e flashs que escrevi e publiquei sobre Roberto Carlos


Para com Braga a lealdade do Leal

Foi batizado por António Joaquim Fernandes, mas, à semelhança de outros cantores, adotou, artisticamente falando, o nome de Roberto Leal, cidadão português que nasceu em Trás-os-Montes, concretamente na Aldeia de Vale da Porca. Tal como muitos portugueses nas décadas de 40, 50 e 60, imigrou para o Brasil em 1962 com os pais e mais 10 irmãos, situação que tem a ver com a família em quatro etapas.

Roberto Leal estudou música e canto e, em 1971, inicia sua carreira com a canção Arrebita e, neste mesmo ano, tem a sua primeira aparição em televisão no programa do Chacrinha, nome que ainda hoje muito se fala no Brasil, tratando-se de uma referência no tempo em que muitos cantores davam os seus primeiros passos.

Com o decorrer do tempo, transformou-se numa figura altamente popular, conquistando prémios (um deles o Troféu Globo, da TV Globo) e um avultado número de Discos de Ouro, para além de centenas de troféus que fazem parte da sua enriquecedora coleção.

Em função do seu percurso, é também um dos chamados “viajantes pelo mundo” e tudo começou quando, em 1977, realizou a sua primeira excursão a Portugal e, por conseguinte, do nosso país fez trampolim para levar o seu show para diversos países do mundo. E não foram poucos. Depois, um regular “lá e cá”, ou seja, tempo dividido entre o Brasil e Portugal.

Simpático, afável, humano, Roberto Leal é hoje uma das grandes referências da música popular e, durante todo este seu trajeto, sempre denotou uma grande lealdade para com Roberto Carlos. E o mais curioso de tudo isto é que também ele, em termos de indumentária, utiliza muito o branco e o azul, maior incidência para o branco.

Numa das viagens que efetuou ao Brasil, há 12-15 anos atrás, por aí, veio na companhia de Cinha Jardim, uma figura muito conhecida em Portugal, pertencendo a uma conhecida família (Jardim) que saiu de Moçambique após o processo da independência desta ex-colónia portuguesa. Num programa da SIC, Roberto Leal descreveu, em pormenor, esta vinda ao Brasil na companhia da ferrenha benfiquista.

Já aqui fizemos eco do surgimento da Confraria Cultural Brasil-Portugal, com sede em Divinópolis e da qual somos um dos membros efetivos. Dentro da filosofia que norteia as habituais conferências mensais levadas a cabo pela CCBP, também Roberto Leal teve o seu espaço num desses encontros, isto após ter gravado o seu DVD no Casino do Estoril. Aliás, Leal e Braga, são dois dos apaixonados da presidente da associação, a Doutora Maria de Fátima Batista Quadros que englobou um naipe de pessoas no trabalho que trouxemos à estampa sobre os 70 anos do Rei Roberto Carlos, onde ela citou, no seu enquadramento de opinião, o nome de Roberto Leal, ou seja, e para finalizar, que Leal e Braga são dois expoentes máximos da canção. Duas figurais que serão sempre recordadas por gerações vindouras.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário