quero-me inteiro
como as palavras inteiras
servo de nada e ninguém
dos rios apenas
dos rios onde se purificam
os mendigos
quero-me inteiro
como as figueiras
servo de nada e ninguém
do fogo apenas
do fogo que apura
a língua dos simples
quero-me inteiro
como as palavras inteiras
ou dentro do vento
como as poeiras.
IVO MACHADO
Porto, 1 de Agosto de 2020
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