
FERNANDO BETTENCOURT (CANADÁ) - UM VERMELHÃO DOS SETE COSTADOS
Uma das muitas frases do Fernando Bettencourt: ‘Eu vivi no RIO em 69 até Janeiro de 70, altura em que vim para o Canadá. E voltar 40 anos depois é uma experiência muito vivida, pois o RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO’.
É verdade meu caro Fernando Bettencourt, o Rio de Janeiro continua lindo, mau
grado o fato da violência que vem grassando assustadoramente, faceta que é do domínio público, óbvio mundialmente falando.
Fernando Bettencourt foi sempre um vermelhão assumido, ou seja, Angrense e Benfica. Mas tinha (e ainda hoje tem) outro grande amor, a FANFARRA OPERÁRIA GAGO COUTINHO E SACADURA CABRAL. Eu sempre achei que, naquele tempo, ele devia ser o “Mayor” da Guarita.
Como veio para o Brasil em 1969, naturalmente que ainda me apanhou como árbitro quando regressei de Angola em 1967. Não coloco as mãos no fogo, ou seja, ele também terá sido daqueles que me chamou alguns nomes feios em jogos Angrense – Lusitânia que dirigi. Mas como sempre pensei e hoje mantenho, são emoções apenas de 90 minutos de um jogo de futebol. De resto, Fernando Bettencourt sempre foi um grande amigo. Um amigo que pertence ao passado dos AMIGOS DO CANTO DA CAIXA.
E como falei em futebol, aqui transcrevo o artigo que escrevi sobre o seu tio Adalberto Pinheiro Bettencourt, outro amigo do peito que foi, indubitavelmente, um dos mais carismáticos dirigentes do futebol açoriano.
Quando ele foi o "homem forte" do Angrense
Publicado na Domingo, dia 05 de Junho de 2011, por Carlos Alberto Alves
Pelos clubes da ilha Terceira, nomeadamente os de Angra do Heroísmo, os que melhor conheço, passaram dirigentes de eleição, denominados por “homens fortes”, isto tem a ver com carisma, dedicação e, sobretudo, grande capacidade para lidar com futebolistas. Hoje, por exemplo, como um desses expoentes, apontamos Vítor Galvão no Praiense, não esquecendo que, no Angrense, está uma nova geração que se revela sobremaneira importante nesse referido desempenho.
Recuando no tempo, e conforme já era nosso desejo, um desses paradigmas chama-se Adalberto Pinheiro Bettencourt, desde há muitos anos radicado em Toronto, Canadá, mas nem por isso deixou de acompanhar de perto o afã que outros dirigentes foram desenvolvendo no “seu” Angrense, inclusive esta nova fornada a que nos referimos no parágrafo anterior.
Adalberto Pinheiro, pela sua postura, pelo seu carácter, e fundamentalmente pelos seus vastos conhecimentos, transformou-se num agente desportivo respeitado por tudo e por todos, à semelhança do que, posteriormente, se constatou no Lusitânia em relação a Fernando Pacheco Pereira. Creio que esta minha asserção pode ser corroborada por outras pessoas que estiveram ao lado de Adalberto Pinheiro, inclusive alguns ex-atletas ainda no rol dos vivos, o mais conhecido e ainda badalado, Jorge Laureano.
Quando o Angrense digressionou pelo Canadá, Adalberto Pinheiro, também ele uma enorme referência do Sport Club Angrense Of Toronto, esteve sempre presente. Em 1977 acompanhei o clube ao Canadá e Estados Unidos e, em Toronto, recebi de Adalberto Pinheiro o maior carinho e estima, eu que, nessa ocasião, “orgulhosamente só”, preparei um jornal do Angrense com vinte páginas (composto e impresso nas oficinas da União Gráfica Angrense, ainda sob o olhar atento e competente do Mestre Manuel Faria, acompanhado por Elvino Lourenço, Francisco Silva e Liberal Maciel), jornal esse que foi distribuído nos clubes adversários e, também, junto de sócios, adeptos e simpatizantes do popular grémio da Rua de São João, cidadãos que, tal como Adalberto Pinheiro, emigraram para o Canadá e Estados Unidos.
Através do seu sobrinho, Fernando Bettencourt, assíduo frequentador do facebook, tenho sabido notícias de Adalberto Pinheiro que, naturalmente, foi mais um que no Canadá rejubilou com o desiderato do Angrense, face à conquista da Série Açores e a consequente subida ao segundo escalão do futebol nacional, o que aconteceu pela primeira vez.
Não será exagero da nossa parte considerarmos Adalberto Pinheiro Bettencourt como um dos melhores dirigentes que passou pelo futebol terceirense, atrevendo-me mesmo a colocá-lo à escala açoriana.
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