Nelson Ramalho um terceirense que se destaca

Tenho sempre o maior apreço pelos meus conterrâneos que se destacam no continente português, seja qual for a área. Já aqui trouxe à estampa alguns desses valores, mas na lista ainda constam outros. Afinal, os açorianos, nomeadamente os terceirenses, já têm um papel relevante na sociedade
portuguesa por via de excelentes contributos. Ora, hoje vamos aqui publicar a história de um nosso conterrâneo que estudou no Porto e actualmente reside em Aroeira, ao lado da Costa da Caparica. Trata-se de Nelson Ramalho, filho do falecido Guilherme Ramalho que foi um dos mais conhecidos despachantes da Alfândega de Angra do Heroísmo. A família Ramalho morava na Rua de Cima de Santa Luzia e muitas vezes encontrei o pai de Nelson Ramalho passeando com o seu cão na Rua de Cima, isto numa altura em que eu andava no namorico ali pela freguesia. Acresce que Guilherme Ramalho e esposa faziam parte do núcleo de distintos praticantes de golfe. A senhora (mãe do Nelson) a primeira portuguesa a jogar no Clube de Golfe da Ilha Terceira, conjuntamente com americanas do destacamento da Base das Lajes. Foi aí que Nelson Ramalho, muito cedo (10 anos de idade), também começou a ter o gosto pela modalidade e hoje é dos sócios mais antigos do CGIT, com inscrição que remonta ao ano de 1955.
Actualmente, Nelson Ramalho é um dos mais antigos comentadores da Sporttv. Ele no golfe e o nosso bem conhecido Carlos Barroca no basquetebol. Já são 12 anos de Sporttv desde a primeira semana de emissões. E o que catapultou Nelson Ramalho para apreciado comentador de golfe? O facto de ter sido vice-campeão de Portugal por equipas, árbitro e ainda director de golfe de vários clubes. Isso, com toda a naturalidade, ajudou, e muito, Nelson Ramalho nesta função de comentador, para além de já ter jogado golfe em mais de 200 campos em todo o mundo. Analisando bem, esta passagem de vários anos pela modalidade (jogador, árbitro, director) ajuda muito Nelson Ramalho nos seu comentários, bem como ter sido representante para Portugal do Circuito “Ladies Eurpean Tour”, o que aconteceu anos consecutivos.
Pelo que se conhece, Nelson Ramalho gosta muito de comentar golfe e está sempre ligado em torno do que se realiza, em termos de competições, no Clube de Golfe da ilha Terceira, onde teve parte da sua iniciação na modalidade que abraçou e que hoje o tem como um dos mais distintos comentadores, o que muito nos orgulha por ser mais um terceirense que brilha fora de portas.
Do Azores Digital – O MEU AMIGO PROFESSOR RUI SILVA
Na qualidade de técnico de futebol e quando em 1977 fui estagiar para o Benfica com o treinador de então John Mortimore (um inglês), o professor Rui Silva era o adjunto do “mister” Mortimore, ele que também, e dentro do seu estilo peculiar (fino trato), me recebeu de braços abertos e sempre disponível para me prestar esclarecimentos, uma vez que o meu maior objetivo incidia em alargar os meus conhecimentos na área da componente física.
Volvidos cinco anos (1982) sou convidado para coordenador do futebol infantil da Delegação dos Desportos de Angra do Heroísmo e, para que os meus monitores adquirissem maiores (e úteis) noções sobre a forma de lidar com jovens, trouxe até à ilha Terceira os professores Rui Silva, João Barnabé e Rui Calrão. Óbvio que já tinha uma amizade com o Rui Silva desde a minha inolvidável passagem (um mês) pelo Benfica. Na Terceira, o Rui Silva praticamente andava comigo. Nesse mesmo ano, no mês de julho, fui para uma formação para Portalegre com o Rui, Barnabé e Rui Calrão. De seguida, eu, o Rui, a esposa (D. Ábia, brasileira, tão afável como o marido) e o Barnabé (grande animador do grupo), partimos para Sevilha a fim de assistirmos ao primeiro jogo do Brasil para o Mundial de 1982, jogo esse em que o Brasil venceu a Rússia por 2-1. Escusado será dizer que, em Lisboa, fiquei em casa do Rui Silva, instalado no quarto (e que quarto) de hóspedes.
De tudo isto se infere que mantive uma amizade forte com o professor Rui Silva que, após ter-se aposentado conjuntamente com a esposa, rumou para o Brasil. Nunca consegui descobrir o seu paradeiro até que, bem recentemente, pedi ao meu amigo Fernando Tomé (ex-jogador do Vitória de Setúbal e do glorioso Sporting Clube de Portugal) que, junto do João Barnabé, soubesse onde se encontrava o Rui Silva. A resposta não tardou. O Rui Silva tinha retornado para Lisboa e o Barnabé esteve com ele no funeral de outro saudoso amigo, Fernando Cabrita. E mais: o Rui Silva faz, semanalmente, comentários no programa radiofónico do Fernando Correia. Aliás, nesse ano de 1982, em Sevilha, à entrada do Estádio Sanches Pijuan, encontramos o Fernando Correia que ia relatar o jogo do Brasil creio que para a Rádio Comercial. Não estava Portugal, óbvio que os portugueses viraram-se para o Brasil.
Bom... Já sei que o Rui Silva anda por Lisboa. E o que tenho para dizer em função deste retorno? Apenas isto: ó “mocetão” manda notícias.
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