
Eduardo Rosa, um grande valor da nossa região
Em tempos de outrora, e ainda com o estatuto de vila, a mui nobre cidade da Praia da Vitória era praticamente identificada por um dos seus maiores vultos, o catedrático professor universitário Vitorino Nemésio. Na verdade, e tudo no seu devido tempo, a Paia da Vitória foi referenciada através de Nemésio, que
também ele, nos seus programas televisivos, sobretudo estes, se ufanava de ser filho da ilha Terceira, concretamente da sua hoje cidade. E também nesse sentido os Açores muito devem a Vitorino Nemésio. Porém, hoje as coisas já são bem diferentes, para gáudio de todos os cidadãos do concelho da Praia da Vitória, isto porque, ao longo dos últimos três-quatro lustros, despontaram outros grandes valores das artes, das letras, da política (pós 25 de Abril) e da cultura em si, destacando, entre outros, polida e politicamente falando, o Dr. Alvarino Pinheiro. Mas, para mim, como outra referência notável (e que os praienses por certo estarão de acordo comigo), temos o Dr. Eduardo Ferraz da Rosa, ilustre professor universitário e que, felizmente, em vida, já foi reconhecido por pessoas doutas ligadas ao setor da educação. Como se sabe, o Dr. Eduardo Rosa leciona na Universidade dos Açores onde é considerado um dos mais distintos MESTRES.
Mas foi através do jornalismo que conhecemos de mais perto esta ilustre figura da nossa terra (gosto de dizer assim, porque nunca fomentei rivalidades entre Angra e Praia, de todo descabidas), isto quando, no início da nossa carreira (quase a completar 48 anos), entramos em A União pela mão do saudoso amigo José Daniel Macide. E quantas vezes na redação de A União nós os três cavaqueamos? Foram muitas. Depois, Eduardo Rosa abraçou, com muita determinação e reconhecida capacidade jornalística, o Jornal da Praia, onde também se empenhou, na época, o Dr. Alvarino Pinheiro. Num trajeto de muita qualidade, Eduardo Rosa tem colaborado (penso que agora muito menos por motivos de ordem profissional) nos mais importantes jornais da região, incluindo, naturalmente, “A União”. Fui sempre um dos seus assíduos leitores e, também, nunca coloquei de lado alguns alvitres da pessoa em questão, mesmo depois de estar aqui no Brasil, isto por via dos contatos que mantemos via internet. E se hoje estou aqui de novo em A União (onde iniciei a minha carreira no que concerne a jornais diários, visto que a iniciação remonta a 1964 quando comecei no jornal Ecos do Marítimo e posteriormente, entre 1965 e 1976, em Angola), devo em parte ao Dr. Eduardo Rosa que nesse sentido serviu de intermediário com o editor João Rocha, seu aluno na Universidade dos Açores.
Muito mais havia para dizer sobre esta distinta figura dos Açores (sim dos Açores, tenham isso em atenção senhores governantes), mas creio que, dentro da minha modéstia colocação, passei o essencial perfil, sobretudo como cidadão que se orgulha de ser filho da cidade da Praia da Vitória.
Do Azores Digital - O Senador Romário Faria
Futebolisticamente falando, foi um dos maiores craques que passou por vários palcos do universo, sobretudo quando esteve ao serviço do PSV (Holanda), Barcelona, Valência, Adelaide (Austrália), Miami (USA) e, naturalmente, na seleção brasileira onde apontou 71 golos. Mas foi no Vasco da Gama que Romário logrou o seu maior objetivo, ao apontar o milésimo golo, à semelhança do que já tinha feito Edson Arantes do Nascimento (Pelé). Daí ter sido colocada uma estátua do craque Romário em São Januário, estádio do Clube de Regatas Vasco da Gama.
Falar em Romário é falar de polémica. O “baixinho” nunca fugiu da raia e protagonizou episódios e embates que ficarão na memória. Brigas, discussões, choro, ranger de dentes e até cadeia.
Para muitos de forma surpreendente, Romário enfileirou-se na política, militando no PSB. E tenho que confessar que também fui um daqueles que não acreditava em nada desta mudança de Romário do futebol para a política. Puro engano. O “baixinho”, com quem estivemos uma vez na Ilha do Governador na inauguração de um polidesportivo, surpreendeu tudo e todos, desenvolvendo um trabalho a todos os títulos meritório, maior incidência sobre a classe deficiente, mormente o Autismo. De referir que Romário esteve ligado ao Movimento Orgulho Autista Brasil, tendo sido agraciado com o “Prémio Orgulho Autista 2015”. Romário que tem uma filha que sofre do mesmo problema.
Nas últimas eleições, Romário Faria concorreu pelo PSB a Senador tendo sido eleito. Na verdade, o trabalho desenvolvido como deputado mereceu dos brasileiros a maior estima e confiança. Hoje, Romário continua a manter a mesma postura, impondo-se no Plenário em Brasília com intervenções de “homem sem medo” e altamente corajoso quando enfrenta muitos “lobbies políticos”. Rejubilou com as prisões que recentemente ocorreram em relação à corrupção na FIFA e, também, quando se verificou o pedido de renúncia de Blatter à presidência da FIFA.
Todos aqueles que desconfiavam de Romário como político, isto é, que se travava de mais um oportunista apenas com a “capa política”, enganaram-se redondamente. Ele é sumamente respeitado e não nos causará surpresa de espécie alguma se, brevemente, surgir como candidato à presidência do governo brasileiro.
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