Dos meus 50 anos de jornalismo

MANUEL BORGES (Amigo de longa data, leitor assíduo, residente no Algarve)

(Por falta de fotografia, uma vez que este amigo saiu do facebook, optei por uma da freguesia dos Biscoitos que ele tanto ama)

Meu caro amigo Carlos Alberto:

Como deves calcular, não me é fácil escrever para um jornalista credenciado como o meu amigo, no cinquentenário da sua vida jornalística. Mesmo assim, dentro das minhas parcas faculdades literárias, não quero, de forma nenhuma, deixar de aceitar o convite que me endereçaste, e que eu aceito com todo o gosto e prazer, participando na tua iniciativa que acho simplesmente maravilhosa. 

Somos da mesma geração. Estudaste na Escola Técnica e eu no Liceu, nos anos maravilhosos da década de 50 e 60, do século passado, na nossa Terceira e na sempre saudosa Angra do Heroísmo. Seguimos caminhos diferentes, é verdade, mas seguimos. Eu, depois de cumprido o serviço militar, que há época, assim
como tu, contemplava sempre, ou quase sempre, uma ida ao antigo Ultramar Português, que durante alguns anos travou uma guerra de guerrilha que, infelizmente, não levou a nada, entreguei-me a indústria da aviação comercial onde me realizei durante toda a minha vida profissional, tu, apaixonadamente, enveredaste pelo caminho da Comunicação Social, e em boa hora o fizeste, porque hoje és, sem sombras de dúvidas uma personalidade, dentro do jornalismo, digna do maior respeito e consideração. 

Por razões profissionais, ambos tivemos que nos separar do nosso torrão natal, eu para o Algarve, onde resido, e tu para o Brasil, onde feliz e contente, preparas os teus cinquenta anos de vida em prol da Comunicação Social. É realmente um marco muito importante na tua vida e que muito te honra, tenho a certeza. 

Recordo com muita saudade, nos tempos dos teus primeiros passos, os teus escritos nos jornais, Diário Insular e A União, sobre diversos assuntos, nomeadamente desporto onde eras muito especial para não dizer o máximo. Mais tarde, quando nos encontrámos nas redes sociais, continuei a ler com todo o interesse as tuas crónicas sobre os mais diversos assuntos, mas, justiça te seja feita, sem nunca esqueceres as tuas origens, os teus amigos, a tua cidade e a tua cultura marcadamente Terceirense. 

Por tudo quanto fizeste, e ainda farás, em prol do jornalismo, envio os meus mais sinceros agradecimentos pelo que contigo aprendi e continuarei aprendendo, pela vida que Deus achará por bem nos ir contemplando. 

Que a festa dos teus cinquenta anos de jornalismo seja um momento de grande alegria para ti e para aqueles que tiverem a felicidade de a viver juntamento contigo. 

Deste teu velho amigo, aceita um grande abraço com votos muito sinceros dum dia muito feliz e um Bem Haja pelo maravilhoso e importante espólio que nos deixas.