RUI
VEIGA (CANADÁ) - Um exemplo do “fair play”
O enfermeiro Veiga sempre teve um enorme orgulho dos seus filhos, para
mais que representaram o seu clube do coração, o Sport Club Angrense. O Rui,
entretanto, acabaria por, mais tarde, servir o emblema do Marítimo do Corpo
Santo. E foi essa equipa, onde militaram também alguns ex-lusitanistas, que
acabou com a escandalosa hegemonia dos leões da Rua da Sé. E para o Marítimo o
primeiro título de campeão da AFAH e dos Açores, o que lhe proporcionou
participar na Taça de Portugal onde, em Angra, defrontou o Riopele (do técnico
meu amigo, Ferreirinha), jogo esse que foi memorável. O Marítimo dignificou
grandemente o futebol açoriano.
Bom... Fui treinador do Rui na qualidade de adjunto do capitão Fernando Lopes.
Fui treinador do Luís (irmão do meio) nos seniores do Angrense na época de
1977-78 e, também, treinador do mais novo, o Paulo (óbvio no Angrense) que,
infelizmente, faleceu há pouco tempo e cuja notícia recebi com enorme tristeza.
Reencontrei Rui Veiga em Galt numa das minhas deslocações ao Canadá. Uma
satisfação marcante para ambos. É por isso que me propus alinhavar estes
trabalhos com amigos do facebook emigrados para a Diáspora.
O Rui, o Luís e o Paulo (RIP) sempre revelaram uma educação digna dos maiores
encómios, Diria mesmo, sem pontinha de exagero, arautos do fair play. E o Rui
sempre foi assim: jogador de fibra e que patenteava extrema correção para com
adversários e inclusive para com os árbitros. A educação que recebeu do pai, o
meu querido e saudoso amigo enfermeiro Veiga.
E ainda me lembro do início do namoro com a sua atual esposa quando ela morava
ali por cima da rocha, como era vulgar dizer-se, com o privilégio de se
levantar e ver a baía de Angra. Se estou errado, desde já apresento as minhas
mais sinceras desculpas. Tudo que escrevo é de memória e, claro, sujeito a
cometer algumas omissões.
Amigo Rui, um forte abraço. E quando fores ao jazigo do Paulo, reza uma
Ave-Maria por mim.
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