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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Da atriz Cidah Viana





 CIDAH VIANA – Atriz de créditos firmados



EU AMO ROBERTO CARLOS!



Por: Carlos Alberto Alves

 Cidah Viana é considerada uma das mais consagradas atrizes de Divinópolis – e não só -. Tivemos a oportunidade de conhecê-la pessoalmente aquando de uma passagem pela sua cidade. Revelou-se sempre uma pessoa afável e aberta ao diálogo, como é seu timbre, segundo nos disse alguém que conhece bem de perto Cidah Viana.

 Sempre ambicionou ser atriz ou, antes, tinha outro objetivo?


 CV - Sempre! Já nasci artista.

 Com que idade começou a desenvolver esta sua atividade?

 CV - Desde criança escrevia textos, furava os cobertores de minha mãe para virar cortinas e apresentava para os meninos da nossa rua e para a família no dia dos pais e dia das mães. Os saltos dos sapatos eram feitos com rolhas de cortiça pregadas a prego nos chinelos de borracha. Os cabelos, enormes, feitos com tiras de jornal. Uma pobreza danada, mas o brilho nos olhos, a emoção e o encantamento, não perdiam em nada comparado aos grandes palcos que apresento hoje.


Esta sua opção foi bem aceita pelos familiares mais próximos?

 CV - Sim. Todos sabiam que a arte estava em mim. Só o meu padrinho de batismo, Padre Viegas, é que dizia para a minha mãe dar um jeito de me fazer mudar de ideia, pois "teatro é coisa de prostituta", dizia ele. Naquela época o preconceito era muito grande. Quando tinha 16 anos, minha mãe me perguntou se eu queria ir pra São Paulo para estudar Artes Cênicas, disse que ia comigo, arranjaria uma pensão pra eu morar e depois voltava e "você se vira", ela disse. Só que eu estava namorando e o coração ficou muito apertado, preferi ficar em Pará de Minas/MG mesmo. Na minha cidade não tinha curso de teatro e eu adiei o sonho de ser atriz até me descasar pela segunda vez, quando resolvi casar com o teatro. Aos 38 anos, separada e com três filhas, entrei no meu primeiro curso de teatro. Que felicidade! Hoje, aos 53 anos tenho em meu currículo 72 atuações e 38 direções, muitas delas texto de minha autoria costurando poesias dos meus queridos imortais da Academia Divinopolitana de Letras.

 Que tipo de teatro gosta mais de representar?

 CV - Adoro poesia, portanto prefiro os clássicos. Dizem que eu sou comediante, eu particularmente não acho graça em nada que eu faço, mas o povo gosta muito de comédia e eu me entrego tão intensamente ao personagem que posso dizer que gosto de todo tipo de representação: drama, tragédia, comédia e clássicos. O palco para mim é um Santuário!
Nunca esboçou uma tentativa para participar numa novela, ao lado de outros consagrados artistas?

 CV - Nunca. Sempre tenho comigo que o que é da gente vem na mão. Também, ficar longe de três filhas adolescentes seria impossível. Só agora que todas se casaram, posso me dar ao luxo de deixar o vento me levar. Foi onde aceitei o convite de produtores de BH para integrar o elenco de duas peças na capital: "Velório à Brasileira" e "Cuidado, o diabo também faz milagre". "Velório..." me rendeu a indicação ao prémio Usimias/Sinparc de melhor atriz coadjuvante em 2010.

 Inquestionavelmente, o Brasil é um viveiro de atores. Contudo, e numa perspectiva futura, considera que esse mesmo manancial nunca se esgotará?

 CV - Nunca se esgotará! Prova disso é que a cada ano cresce o número de alunos do curso de teatro. Este ano, por exemplo, a procura foi maior do que a capacidade que nossa escola tem de atender. Ficaram na "fila de espera" para o próximo curso. E isto a nível de Divinópolis/MG, imagina o deve acontecer nos grandes centros como BH, RJ e SP? Descobrem-se novos talentos a cada dia.

 Hoje, nas novelas, por exemplo, já se constata a presença de jovens atores. Para o efeito, e dentro do teor da questão anterior, é um bom pronuncio?

 CV - É um excelente pronuncio. O glamour atiça o desejo de jovens atores e aumentando as possibilidades, consequentemente aumenta a procura por profissionalização. Uma vez estudando teatro, a paixão pela arte, pela literatura toma conta dos alunos/atores que darão uma nova direção para suas vidas.

 O teatro, seja qual for a sua especialidade, tem aderência em Divinópolis?

 CV - Muita. Já ouvi em BH que Divinópolis tem a plateia mais exigente de Minas, rs. Claro, gostamos de coisa boa! Temos apenas um teatro na cidade e já conquistamos uma plateia de casa cheia em todas as apresentações.

 Sabendo-se que você anda sempre num lá-e-cá, ou seja, entre Divinópolis e Belo Horizonte, em termos de público presente há diferença, para melhor, óbvio, em Belo Horizonte?

 CV - Não há diferença. Graças a Deus, o público comparece nas duas cidades e sempre com o mesmo carinho.

 Sente que o público gosta das suas atuações?

 CV - Sinto sim. Depois do espetáculo vem abraçar e falar com sinceridade da satisfação. Uma vez, uma mulher, que eu nem conhecia, me parou na rua e perguntou se podia me dar um abraço. Eu disse: Claro! E ela me disse: "Você me tirou de uma depressão! Nunca ri tanto em minha vida!". Este é sem dúvida o nosso maior prémio.

 Você participa muito em espetáculos de beneficência. Sente-se feliz por esta sua doação aos que mais necessitam?

 CV - Muito! O palco que eu mais adoro é o do quarto dos hospitais. É um teatro de improviso, cada quarto é uma cena diferente, o público (paciente) é quem dá o tom do espetáculo e muitas vezes sinto que as palavras que saem não são minhas e sim inspiração divina. Às vezes, quando o paciente está muito ruim, sinto que não vou conseguir arrancar um sorriso. Nesta hora, fecho os olhos e peço ao Divino Espírito Santo que me ilumine. E Ele vem, e o sorriso também. Almir Satter diz que "É preciso paz pra poder sorrir" e se naquele momento difícil o paciente deu nem que seja um tímido sorriso é sinal que conseguimos levar a paz pra ele. E isto não tem preço!

 E o próximo, com essência natalícia, já está na forja?

 CV - Sim. Já estamos preparando a peça "Palha Assada" para as apresentações de final de ano em diversas instituições. Os Doutores Palhaços de Divinópolis estão a todo vapor nesta fornalha natalícia, rs.
O que pensa sobre o aparecimento da Confraria Cultural Brasil–Portugal, cuja sede, como sabe, é em Divinópolis?

 CV - Menino... Quando tomei conhecimento da Confraria Cultural Brasil- Portugal, achei a coisa mais chick do mundo, eu ficava imaginando como seria bom estar perto dos portugueses, dividir culturas... estava tão distante de mim... Quando minha amiga, Marlene Gandra, me convidou para participar de uma reunião eu disse: Eu posso? Não acreditei. Foi uma das noites mais lindas que vivi e além de conhecer pessoas da melhor qualidade ainda tive a honra de declamar dois poemas: "Cinco da Tarde" de Marlene Gandra (um dos mais pedidos em todos os Saraus que participo) e "Portugal - Cartão postal do mundo, cá um bocadinho de saudade" de Fátima Quadros, este último, levou um paciente português, internado no Hospital do Câncer, às lágrimas de emoção e saudade, pois fala de várias cidades de Portugal.

 Você participa nas conferências mensais?

 CV - Sempre que estou na cidade no dia da conferência eu vou. Não sei se você sabe, mas meu sonho de consumo é conhecer Lisboa e em uma das reuniões, Fátima Quadros passou um vídeo mostrando a minha Lisboa... ai, ai... a emoção foi grande demais, a impressão que tive é que eu já estive lá. Era tudo tão familiar que eu me teletransportei, rs. No final do vídeo ainda tinha o meu Roberto Leal, que eu amo, cantando (outro Roberto na minha vida, rs).

No dia 30 de agosto, recebi o Diploma de Membro Honorário da Confraria Cultural Brasil Portugal. A felicidade foi tão grande que eu disse e repito: Só por aquele momento já valeu a pena viver!

 Voltando ao panorama teatral. Atores que, neste seu percurso, a tenham marcado?

 CV - São tantos que seria injusto citar nomes, poderia me esquecer de alguns e me sentiria péssima por isso. Mas, tem dois que foram muito especiais para mim: Jocimar Rodrigues, que eu considero o maior ator de Divinópolis e infelizmente não resistiu às dificuldades financeiras que a vida artística proporciona e mudou de profissão. Um dó! E o meu atual braço direito Mateus Gustavo, um menino de apenas 19 anos que já é professor de teatro e assume todos os meus compromissos quando estou nos palcos de BH, com tamanha dedicação, respeito e comprometimento.

Impressionei-me muito com Fernanda Montenegro, que tive a honra de fazer com ela um curso de dramaturgia. A simplicidade, o desprendimento e a capacidade de transformar um texto em diversas formas, sem mudar uma vírgula, me alertou muito em relação à captação da essência, respeito e fidelidade ao autor.

 Como sabe, o Portal Splish Splash está ligado ao Rei Roberto Carlos. Pelo que li, a Cidah é uma incondicional fã do Roberto Carlos?

 CV - Incondicional! Tenho todos os CDs do meu Rei. Roberto Carlos é pura poesia! Eu digo brincando que se um dia Roberto Carlos me conhecer vai ficar "doido comigo!" Digo brincando, mas confesso que adoraria se fosse verdade... Roberto Carlos não tem noção de quantas mulheres ele faz feliz com suas músicas/poesias. Ele conforta, consola, faz rir, chorar de emoção, decidir, enfim, Roberto Carlos é Tudo!

Você nem imagina como fiquei feliz em ver minha foto no portal Splish Splash, juntinho com a foto de Roberto Carlos. Fiquei numa "mitideza"...

Você que está bem pertinho de Roberto Carlos, me faz um favor? Fala pra ele que eu o amo? Por favor, por favor! Rs.

 Já alguma vez assistiu, ao vivo, a algum show do Rei?

 CV- Já sim. No ano passado, minha filha Mariah Vianna, me deu de presente de aniversário o ingresso do Show de "50 anos do Rei", lá no Mineirinho em BH. Era um ingresso de plateia VIP e eu achei que ia ficar bem pertinho dele pra poder pegar a rosa que ele manda no final. Produzi-me toda, roupa, sapato, bolsa, tudo azul... Chegando lá, me deparei com uma área enorme de cadeiras na frente da ala VIP. Ainda bem que eu tinha levado um binóculo e pude chegar bem pertinho dele, apesar dele "ainda" (rs) não ter me conhecido. O show foi lindo e eu vivi este momento lindo!

 Qual seria a sua reação se, por exemplo, o Rei Roberto Carlos estivesse a assistir a uma peça de teatro por si protagonizada?

 CV- Meu Deus! Eu ganharia o Óscar! Iria jogar em minha atuação as duas emoções, a de estar no palco e a da presença do meu ídolo Roberto Carlos. Seria energia positiva demais dentro de mim, iria dividi-la com a plateia. E será que ele iria ao camarim me beijar depois? ai, ai... meu sonho!

 Normalmente, nas entrevistas e em muitas outras matérias, o administrador do Portal Siplsh Splash coloca um vídeo musical. Sendo nossa convidada, qual a música do RC que gostaria fosse aqui postada?

 CV - A que estou sentindo agora: "Emoções". Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi!

O Portal Splish Splash me proporcionou um momento de emoção muito grande e verdadeira. Estou aos prantos! No mesmo momento, perto do meu Rei e da minha Lisboa - "das fragatas e manhãs outonais, dos chafarizes, das noites lindas, dos amantes e do cais" (Fátima Quadros). "Eu tenho tanto para lhe falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você!" (Roberto Carlos).

 Estamos a chegar à quadra natalícia. Em termos da sua profissão o que desejaria que o Papai Noel lhe colocasse no sapatinho, tendo em vista o ano de 2012?

 CV - Papai Noel, eu sempre lhe pedi um carro e o senhor nunca me deu. Sempre lhe pedi para conhecer Lisboa e o senhor nada... Conhecer Roberto Carlos, o senhor não me deu nem bola... Agora apelei, vou pedir um monte de coisa pra ver se o senhor se toca e coloque em meu sapatinho pelo menos um pouco dos presentes que quero para 2012:

Candidatos honestos para a próxima eleição - Fim da corrupção - Alívio da dor de quem sofre - A cura da Aids e do Câncer - Igualdade de condições e direitos - A paz no mundo - O amor no coração de todos. Amém!
ocê participa nas conferências mensais?

 CV - Sempre que estou na cidade no dia da conferência eu vou. Não sei se você sabe, mas meu sonho de consumo é conhecer Lisboa e em uma das reuniões, Fátima Quadros passou um vídeo mostrando a minha Lisboa... ai, ai... a emoção foi grande demais, a impressão que tive é que eu já estive lá. Era tudo tão familiar que eu me teletransportei, rs. No final do vídeo ainda tinha o meu Roberto Leal, que eu amo, cantando (outro Roberto na minha vida, rs).

No dia 30 de agosto, recebi o Diploma de Membro Honorário da Confraria Cultural Brasil Portugal. A felicidade foi tão grande que eu disse e repito: Só por aquele momento já valeu a pena viver!

 Voltando ao panorama teatral. Atores que, neste seu percurso, a tenham marcado?

 CV - São tantos que seria injusto citar nomes, poderia me esquecer de alguns e me sentiria péssima por isso. Mas, tem dois que foram muito especiais para mim: Jocimar Rodrigues, que eu considero o maior ator de Divinópolis e infelizmente não resistiu às dificuldades financeiras que a vida artística proporciona e mudou de profissão. Um dó! E o meu atual braço direito Mateus Gustavo, um menino de apenas 19 anos que já é professor de teatro e assume todos os meus compromissos quando estou nos palcos de BH, com tamanha dedicação, respeito e comprometimento.

Impressionei-me muito com Fernanda Montenegro, que tive a honra de fazer com ela um curso de dramaturgia. A simplicidade, o desprendimento e a capacidade de transformar um texto em diversas formas, sem mudar uma vírgula, me alertou muito em relação à captação da essência, respeito e fidelidade ao autor.

 Como sabe, o Portal Splish Splash está ligado ao Rei Roberto Carlos. Pelo que li, a Cidah é uma incondicional fã do Roberto Carlos?

 CV - Incondicional! Tenho todos os CDs do meu Rei. Roberto Carlos é pura poesia! Eu digo brincando que se um dia Roberto Carlos me conhecer vai ficar "doido comigo!" Digo brincando, mas confesso que adoraria se fosse verdade... Roberto Carlos não tem noção de quantas mulheres ele faz feliz com suas músicas/poesias. Ele conforta, consola, faz rir, chorar de emoção, decidir, enfim, Roberto Carlos é Tudo!

Você nem imagina como fiquei feliz em ver minha foto no portal Splish Splash, juntinho com a foto de Roberto Carlos. Fiquei numa "mitideza"...

Você que está bem pertinho de Roberto Carlos, me faz um favor? Fala pra ele que eu o amo? Por favor, por favor! Rs.

 Já alguma vez assistiu, ao vivo, a algum show do Rei?

 CV- Já sim. No ano passado, minha filha Mariah Vianna, me deu de presente de aniversário o ingresso do Show de "50 anos do Rei", lá no Mineirinho em BH. Era um ingresso de plateia VIP e eu achei que ia ficar bem pertinho dele pra poder pegar a rosa que ele manda no final. Produzi-me toda, roupa, sapato, bolsa, tudo azul... Chegando lá, me deparei com uma área enorme de cadeiras na frente da ala VIP. Ainda bem que eu tinha levado um binóculo e pude chegar bem pertinho dele, apesar dele "ainda" (rs) não ter me conhecido. O show foi lindo e eu vivi este momento lindo!



Qual seria a sua reação se, por exemplo, o Rei Roberto Carlos estivesse a assistir a uma peça de teatro por si protagonizada?

 CV- Meu Deus! Eu ganharia o Óscar! Iria jogar em minha atuação as duas emoções, a de estar no palco e a da presença do meu ídolo Roberto Carlos. Seria energia positiva demais dentro de mim, iria dividi-la com a plateia. E será que ele iria ao camarim me beijar depois? ai, ai... meu sonho!

 Normalmente, nas entrevistas e em muitas outras matérias, o administrador do Portal Siplsh Splash coloca um vídeo musical. Sendo nossa convidada, qual a música do RC que gostaria fosse aqui postada?


CV - A que estou sentindo agora: "Emoções". Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi!

O Portal Splish Splash me proporcionou um momento de emoção muito grande e verdadeira. Estou aos prantos! No mesmo momento, perto do meu Rei e da minha Lisboa - "das fragatas e manhãs outonais, dos chafarizes, das noites lindas, dos amantes e do cais" (Fátima Quadros). "Eu tenho tanto para lhe falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você!" (Roberto Carlos).

 Estamos a chegar à quadra natalícia. Em termos da sua profissão o que desejaria que o Papai Noel lhe colocasse no sapatinho, tendo em vista o ano de 2012?

 CV - Papai Noel, eu sempre lhe pedi um carro e o senhor nunca me deu. Sempre lhe pedi para conhecer Lisboa e o senhor nada... Conhecer Roberto Carlos, o senhor não me deu nem bola... Agora apelei, vou pedir um monte de coisa pra ver se o senhor se toca e coloque em meu sapatinho pelo menos um pouco dos presentes que quero para 2012:

Candidatos honestos para a próxima eleição - Fim da corrupção - Alívio da dor de quem sofre - A cura da Aids e do Câncer - Igualdade de condições e direitos - A paz no mundo - O amor no coração de todos. Amém!

                                                                     

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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