ALAMBIQUE, JOSÉ VICENTE BETTENCOURT E DAVID JOSÉ
JOSÉ
VICENTE BETTENCOURT – A firma Tomaz Borba, virada para as ferragens (por isso
se dizia vamos à Loja de Ferragens do Tomaz Borba), sempre foi das mais
procuradas, não só pelo “feeling” dos proprietários (senhor Tomaz e, depois da
sua morte, o Joãozinho sempre com a sua esfuziante alegria). Na sequência desse
fino trato com os clientes, cremos que passada dos patrões para os
funcionários, dois deles sempre mereceram referências elogiosas, o Francisco
“gato” (pai do José Gabriel Pimentel e do Paulo Jorge) e José Vicente
Bettencourt, figura carismática da freguesia de Santa Luzia e não só. José
Vicente Bettencourt, dentro dos condicionalismos que o rodeavam na época,
mereceu o estatuto de ativista, primando também por uma educação digna dos
maiores encómios, educação essa que transmitiu aos filhos os nossos bons amigos
José Gabriel e Paulo Henrique. Nas coroações do Império da Rua do Conde, sempre
víamos José Vicente Bettencourt colaborando. Só não sei quantas vezes foi
mordomo, como sói dizer-se.
O
CANÇONETISTA DAVID JOSÉ - O Sport Club Marítimo assinalou, no início do mês de
maio (dia 4) mais um ano de vida, apesar das dificuldades com que atravessa a
popular coletividade do bairro do Corpo Santo. Do passado que é histórico,
desde um viveiro de jogadores às noites de fado que aos sábados decorriam na
esplanada da sua sede social, realçamos a passagem do fadista continental David
José que acabaria por se transformar em mais um nobre elemento da família da
Cruz de Cristo. Com verdadeiro sentimento, David José passou a ser um dos
nossos, como se dizia na altura. Daí que foi o intérprete da Marcha do Marítimo
que nesta data sempre se recorda. Lembro-me que nas minhas passagens pelo Rádio
Clube de Angra dizia ao João Luís, em data próxima ao dia 4 de maio, prepara a
nossa marcha para esse dia. O João Luís que sempre foi um fervoroso
maritimista. Talvez hoje se possa dizer: “já não há gente como a nossa”. O
tempo do amor à camisola, do amor ao clube. Com todas as vicissitudes, para os
maritimistas que ainda estão por cá, a nostalgia é coisa que nunca se perderá.
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