UMA TAREFA DIFÍCIL PARA ALBERTINA ROSA
Já uma vez escrevi que daria para a feitura de
um livro todas as histórias que conheço e intrinsecamente ligadas ao futebol,
nomeadamente no que diz respeito a viagens aos Estados Unidos e ao Canadá.
Muita coisa interessante e, claro, algumas roçando o tragicómico. Sempre foi
assim. Continuar assim já
não diz nada, na exata medida em que essas digressões não têm tido continuidade, pese embora o fato de, recentemente, os veteranos do Angústias Atlético Clube terem efetuado uma digressão aos Estados Unidos e onde não faltou a presença do nosso Hélio Pereira que,como se sabe, teve a sua iniciação futebolística nos alvi-negros das Angústias.
não diz nada, na exata medida em que essas digressões não têm tido continuidade, pese embora o fato de, recentemente, os veteranos do Angústias Atlético Clube terem efetuado uma digressão aos Estados Unidos e onde não faltou a presença do nosso Hélio Pereira que,como se sabe, teve a sua iniciação futebolística nos alvi-negros das Angústias.
Pois bem... Das muitas histórias que ainda se encontram no meu baú, vou passar
esta que ocorreu em1984 quando, ao serviço deste jornal, acompanhei o Lusitânia
ao Canadá e Estados Unidos. Lusitânia que nessa altura era presidido por
Guilherme Carvalhal e como treinador o ex-futebolista do Porto, Benedito
Lacerda Ribeiro (conhecido por Bené) e que acabaria mesmo por ficar nos Estados
Unidos. Aliás, já se sabia que Bené não continuaria ao serviço dos leões.
Para que efetivamente estas deslocações se concretizassem, os clubes tinham que
contar com o apoio dos nossos emigrantes no sentido de receberem em suas casas
um ou mais componentes das respectivas caravanas. E manda a verdade dizer que
sempre estiveram de braços abertos. No Canadá fiquei em casa do meu
querido amigo Carlos António Rosa, infelizmente falecido.Nos Estados
Unidos,em casa do Nelson Paiva nessa altura ainda solteiro.
No Canadá, e voltando à residência do Carlos António e da Albertina, comigo
ficaram o Jorge Lourenço (vulgo “Satélite”) e o David Oliveira (vulgo “Canoa”).
Bem acompanhado, não restam dúvidas. A Albertina tinha (e penso que ainda
tem) um bonito atelier de cabeleireira e daí, num belo dia, ou melhor, numa
bela tarde, convidou os três para uma “frisada” no cabelo. Aceitamos a ideia
com um belo sorriso nos lábios. Fui o primeiro por ser o mais velho. Tudo
corria de feição, mas, quando chegou ao último,cuja cabeça era uma autêntica
“canoa”, a Albertina (Tina Rosa no facebook) teve mesmo que se esforçar para
não dar ”zebra” como diriam os brasileiros. Se desse “zebra” (quer dizer não
dar certo), teríamos duas “canoas”. Mas como a Tina sempre
se revelou uma grande profissional na sua arte,foi-se a
“zebra” e só ficou uma bonita “canoa”,enfeitada com uns
bonitos “caracóis”.Tanto ficou bonita a “canoa” que,à noite,num bar no
centro de Toronto (aqueles bares do S... T...), muita malta do Lusitânia
não reconheceu o David Oliveira. Depois até deu para cantar “Canoa quantas
docas tem Toronto”. Trocou-se Lisboa por Toronto e não foi preciso recorrer ao
Carlos do Carmo. Carlos estava lá eu, também”frisadinho”, mas sem ter
dado muito trabalho à Tina Rosa, ao invés do que aconteceu como último a
sentar-se na cadeira. Quando terminou a Tina deve ter pensado como nós: uffa,
uffa, finalmente. Que grande “canoa”
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