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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Do Jornal A União



UMA TAREFA DIFÍCIL PARA ALBERTINA ROSA

Já uma vez escrevi que daria para a feitura de um livro todas as histórias que conheço e intrinsecamente ligadas ao futebol, nomeadamente no que diz respeito a viagens aos Estados Unidos e ao Canadá. Muita coisa interessante e, claro, algumas roçando o tragicómico. Sempre foi assim.   Continuar assim já
não diz nada, na exata medida em que essas digressões não têm tido continuidade, pese embora o fato de, recentemente, os veteranos do Angústias Atlético Clube terem efetuado uma digressão aos Estados Unidos e onde não faltou a presença do nosso Hélio Pereira que,como se sabe, teve a sua iniciação futebolística nos alvi-negros das Angústias.

Pois bem... Das muitas histórias que ainda se encontram no meu baú, vou passar esta que ocorreu em1984 quando, ao serviço deste jornal, acompanhei o Lusitânia ao Canadá e Estados Unidos. Lusitânia que nessa altura era presidido por Guilherme Carvalhal e como treinador o ex-futebolista do Porto, Benedito Lacerda Ribeiro (conhecido por Bené) e que acabaria mesmo por ficar nos Estados Unidos. Aliás, já se sabia que Bené não continuaria ao serviço dos leões.
Para que efetivamente estas deslocações se concretizassem, os clubes tinham que contar com o apoio dos nossos emigrantes no sentido de receberem em suas casas um ou mais componentes das respectivas caravanas. E manda a verdade dizer que sempre estiveram de braços abertos. No Canadá fiquei  em casa do meu querido amigo Carlos António Rosa, infelizmente falecido.Nos Estados Unidos,em  casa do Nelson Paiva  nessa altura  ainda solteiro.
No Canadá, e voltando à residência do Carlos António e da Albertina, comigo ficaram o Jorge Lourenço (vulgo “Satélite”) e o David Oliveira (vulgo “Canoa”). Bem acompanhado, não restam dúvidas.  A Albertina tinha (e penso que ainda tem) um bonito atelier de cabeleireira e daí, num belo dia, ou melhor, numa bela tarde, convidou os três para uma “frisada” no cabelo. Aceitamos a ideia com um belo sorriso nos lábios. Fui o primeiro por ser o mais velho. Tudo corria de feição, mas, quando chegou ao último,cuja cabeça era uma autêntica “canoa”, a Albertina (Tina Rosa no facebook) teve mesmo que se esforçar para não dar ”zebra” como diriam os brasileiros. Se desse “zebra” (quer dizer não dar certo), teríamos duas “canoas”. Mas como a  Tina  sempre  se  revelou  uma grande profissional na sua arte,foi-se  a  “zebra”   e  só ficou uma bonita  “canoa”,enfeitada com uns bonitos “caracóis”.Tanto ficou bonita a “canoa”  que,à noite,num bar no centro de Toronto (aqueles bares do S... T...), muita malta do  Lusitânia  não reconheceu o David Oliveira. Depois até deu para cantar “Canoa quantas docas tem Toronto”. Trocou-se Lisboa por Toronto e não foi preciso recorrer ao Carlos do Carmo. Carlos estava lá  eu, também”frisadinho”, mas sem ter dado muito trabalho à Tina Rosa, ao invés do que aconteceu  como último a sentar-se na cadeira. Quando terminou a Tina deve ter pensado como nós: uffa, uffa, finalmente. Que grande “canoa
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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