Astros e massagens
O jornal “New York Times” descobriu recentemente uma das poucas
profissões de vento em popa numa altura de crise, onde o mundo parece andar
para trás.
Face à escassez de dinheiro, até funcionários da Bolsa de Wall Street) recorrem
a astrólogos e às cartas do Tarot com vista a antecipar, e se possível mudar
para melhor, o futuro.
Segundo a publicação, desde que se anunciou a crise económica, triplicaram os
clientes do Além.
Ao jornal, referiu Tori Hartman, psíquico de Los Angeles:
"Quando já não se acredita em quem lhe vendeu a casa nem em quem lhe
emprestou dinheiro, vai-se a um espírita para ter uma perspetiva
diferente...".
Pode concluir-se facilmente: Caramba, em terras
americanas, o professor Karamba depressa chegaria a magnata à conta da leitura
das cartas astrais.
Por cá, há também ofertas de felicidade por via de
Mestres e Grandes Mestres, corporizados em astrólogos, espiritualistas,
videntes, curandeiros, médiuns e especialistas em bolas de cristais.
Há solução para tudo o que é problema. Amor,
dinheiro (depois de pagar as consultas…), maus-olhados, vícios próprios e
alheios são miudezas para quem sabe da poda.
O trabalhinho pode ser presencial, mas à distância
a coisa também resulta, segundo os anúncios da especialidade.
Nos tempos atuais, a sapiência veste de turbante e
faz-se apresentar em anúncio de jornal.
E quem se der bem com os astros pode ainda
encontrar outros prazeres sem sair das páginas publicitárias.
Para massajar o ego (há um começo para tudo…) basta
ligar para determinados números onde uma voz fina ou grossa, conforme as
tendências e desejos, promete massagens relaxantes com mãos de fada.
O atendimento decorre em local privado, sem
pressas, iluminado pela cor do pecado.
A paz e sossego fosse há muito, mas a mais velha
profissão de que há memória mantém-se através das novas tecnologias e
potenciada por múltiplas nacionalidades.
Sem comentários:
Enviar um comentário