JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

sábado, 24 de junho de 2017

Copa das Confederações - Portugal na semifinal




Carlos Alberto Alves

Depois da vitória sobre a Rússia, a seleção de Portugal, na derradeira jornada desta primeira fase, tinha como adversária a Nova Zelândia, que perdeu os seus dois jogos, o últimos dos quais no despique com o México que teve que suar as estopinhas para vencer por 2-1, num jogo que registou um sururu tremando
com várias agressões e o árbitro apenas exibiu três amarelos. Que vergonha, inclusive as informações vindas do tal vídeo. Ninguém presenciou as agressões.
Portugal tinha que fazer pela vida para ganhar o jogo e ficar apurado, independentemente de ser primeiro ou segundo, situação que seria conhecida após a realização do jogo seguinte o Rússia – México.

Portugal, em relação ao jogo com a Rússia, procedeu a cinco alterações, entrando Nelson Semedo, Danilo, Quaresma, João Moutinho e Eliseu. 

Na partida para esta última jornada, a classificação estava assim ordenada:

México, 4 pontos
Portugal, 4
Rússia, 3
Nova Zelândia, 0

O JOGO – Nos primeiros momentos da partida deu para entender que a Nova Zelândia estava ali para dificultar ao máximo a tarefa dos portugueses, enquanto que Portugal procurava acertar o seu futebol de ligação entre todos os seus sectores. De resto, a Nova Zelândia marcava forte, tendo como sua principal arma a compleição física dos seus jogadores. E foi mesmo a Nova Zelândia que registou a primeira finalização do jogo com um remate à figura de Rui Patrício. O sinal de que a Nova Zelândia já não acreditava em “papões” no futebol. Mas, claro, que Portugal era melhor tecnicamente, mau grado a determinação da Nova Zelândia que cortava as linhas de passes. Mas convém sublinhar que, em termos ofensivos, Portugal ainda não tinha criado uma situação clara de golo. Faltava acelerar mais o jogo. E chegou o primeiro remate perigoso através de uma cabeçada de Cristiano Ronaldo, aos 22 minutos. E outra cabeçada de Cristiano Ronaldo ao travessão, aos 24 minutos. Será que o golo da Rússia espevitou a equipa portuguesa? E quando Portugal forçou pelas laterais, o perigo rondava a baliza da Nova Zelândia com mais frequência. E veio um lance de grande penalidade por carga pelas costas em Danilo a dar seguimento a um cruzamento de Ricardo Quaresma. Grande penalidade que Cristiano Ronaldo transformou eram decorridos 33 minutos. Uma cobrança exemplar. Um golo que Portugal já merecia pelo que estava fazendo a partir dos dois lances anteriormente protagonizados por Cristiano Ronaldo. O domínio de Portugal, finalmente. Era uma questão de tempo. E de tempo veio o segundo golo apontado por Bernardo Silva a cruzamento de Eliseu mais uma vez incorporado no ataque, mas a jogada partiu do brilhantismo de Ricardo Quaresma. Portanto, Portugal já estava ao seu melhor nível, sem qualquer espécie de dúvidas.


                                                    



A SEGUNDA – PARTE – Portugal entrou para esta etapa complementar com toda a tranquilidade em função dos 2-0 alcançados. E Fernando Santos fez entrar Pizzi para o lugar de Bernardo Silva que sofreu um toque no tornozelo quando apontou o segundo golo de Portugal.

E a tónica do jogo não se alterou, com Portugal controlando as operações, sem, contudo, deixar de ter em atenção às movimentações da Nova Zelândia. Era preciso marcar mais e não sofrer, uma vez que o México já estava vencendo a Rússia por 2-1. E a verdade é que a Nova Zelândia esteve à beira de marcar, valendo, circunstancialmente, uma atuação defensiva “in-extremis”. A prova provada de que a Nova Zelândia não se dava por vencida, embora reconhecendo a maior capacidade de Portugal. Na resposta, Cristiano Ronaldo, de cabeça, proporcionou ao goleiro da Nova Zelândia uma defesa difícil. E fez outra a remate de André Silva. Mas há que dizer que, com a saída de Bernardo Silva, Portugal perdeu velocidade pelo flanco esquerdo do seu ataque. Pizzi, na verdade, estava com dificuldades para entrar no jogo. E Fernando Santos fez sair Cristiano Ronaldo, substituído por Nani que, logo que tocou na bola pela primeira vez, esteve à beira de marcar o terceiro, isto numa fase em que a Nova Zelândia se revelava muito mais faltosa. E Portugal, finalmente, de tanto porfiar, chega aos 3-0 por via de uma jogada individual de André Silva. Este golo ainda tranquilizou mais em relação ao saldo de golos com o México que estava a vencer a Rússia por 2-1. Era importante ser primeiro.

Última alteração de Fernando Santos, saindo Ricardo Quaresma e entrando Gelson Martins. Boa atuação de Ricardo Quaresma, dos melhores de Portugal. E Portugal não estava pelos ajustes chegando aos 4-0 por Nani com um remate cruzado.


Vitória de Portugal que era de todo esperada. Quando começou a impor ao seu futebol, Portugal arrumou de uma vez por todas a Nova Zelândia. E então veio a goleada.

Classificação final deste Grupo A

Portugal 7 pontos (saldo de golos 5)
México 7 (saldo de golos 2)
Rússia 3
Nova Zelândia 0

Portugal defronta o segundo do grupo B e a Itália o primeiro desse mesmo grupo. Amanhã se conhecerá os adversários de Portugal e da Itália. 
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário