
Carlos Alberto Alves
Depois da vitória sobre a Rússia, a seleção de Portugal,
na derradeira jornada desta primeira fase, tinha como adversária a Nova
Zelândia, que perdeu os seus dois jogos, o últimos dos quais no despique com o
México que teve que suar as estopinhas para vencer por 2-1, num jogo que
registou um sururu tremando
com várias agressões e o árbitro apenas exibiu três
amarelos. Que vergonha, inclusive as informações vindas do tal vídeo. Ninguém
presenciou as agressões.
Portugal tinha que fazer pela vida para ganhar o jogo e
ficar apurado, independentemente de ser primeiro ou segundo, situação que seria
conhecida após a realização do jogo seguinte o Rússia – México.
Portugal, em relação ao jogo com a Rússia, procedeu a
cinco alterações, entrando Nelson Semedo, Danilo, Quaresma, João Moutinho e
Eliseu.
Na partida para esta última jornada, a classificação estava assim
ordenada:
México, 4 pontos
Portugal, 4
Rússia, 3
Nova Zelândia, 0
O
JOGO – Nos primeiros momentos da partida deu para entender que a
Nova Zelândia estava ali para dificultar ao máximo a tarefa dos portugueses,
enquanto que Portugal procurava acertar o seu futebol de ligação entre todos os
seus sectores. De resto, a Nova Zelândia marcava forte, tendo como sua
principal arma a compleição física dos seus jogadores. E foi mesmo a Nova
Zelândia que registou a primeira finalização do jogo com um remate à figura de
Rui Patrício. O sinal de que a Nova Zelândia já não acreditava em “papões” no
futebol. Mas, claro, que Portugal era melhor tecnicamente, mau grado a
determinação da Nova Zelândia que cortava as linhas de passes. Mas convém
sublinhar que, em termos ofensivos, Portugal ainda não tinha criado uma
situação clara de golo. Faltava acelerar mais o jogo. E chegou o primeiro
remate perigoso através de uma cabeçada de Cristiano Ronaldo, aos 22 minutos. E
outra cabeçada de Cristiano Ronaldo ao travessão, aos 24 minutos. Será que o
golo da Rússia espevitou a equipa portuguesa? E quando Portugal forçou pelas
laterais, o perigo rondava a baliza da Nova Zelândia com mais frequência. E
veio um lance de grande penalidade por carga pelas costas em Danilo a dar
seguimento a um cruzamento de Ricardo Quaresma. Grande penalidade que Cristiano
Ronaldo transformou eram decorridos 33 minutos. Uma cobrança exemplar. Um golo
que Portugal já merecia pelo que estava fazendo a partir dos dois lances
anteriormente protagonizados por Cristiano Ronaldo. O domínio de Portugal,
finalmente. Era uma questão de tempo. E de tempo veio o segundo golo apontado
por Bernardo Silva a cruzamento de Eliseu mais uma vez incorporado no ataque,
mas a jogada partiu do brilhantismo de Ricardo Quaresma. Portanto, Portugal já
estava ao seu melhor nível, sem qualquer espécie de dúvidas.
A
SEGUNDA – PARTE – Portugal entrou para esta etapa complementar
com toda a tranquilidade em função dos 2-0 alcançados. E Fernando Santos fez
entrar Pizzi para o lugar de Bernardo Silva que sofreu um toque no tornozelo
quando apontou o segundo golo de Portugal.
E a tónica do jogo não se alterou, com Portugal
controlando as operações, sem, contudo, deixar de ter em atenção às
movimentações da Nova Zelândia. Era preciso marcar mais e não sofrer, uma vez
que o México já estava vencendo a Rússia por 2-1. E a verdade é que a Nova Zelândia
esteve à beira de marcar, valendo, circunstancialmente, uma atuação defensiva “in-extremis”.
A prova provada de que a Nova Zelândia não se dava por vencida, embora
reconhecendo a maior capacidade de Portugal. Na resposta, Cristiano Ronaldo, de
cabeça, proporcionou ao goleiro da Nova Zelândia uma defesa difícil. E fez
outra a remate de André Silva. Mas há que dizer que, com a saída de Bernardo
Silva, Portugal perdeu velocidade pelo flanco esquerdo do seu ataque. Pizzi, na
verdade, estava com dificuldades para entrar no jogo. E Fernando Santos fez
sair Cristiano Ronaldo, substituído por Nani que, logo que tocou na bola pela
primeira vez, esteve à beira de marcar o terceiro, isto numa fase em que a Nova
Zelândia se revelava muito mais faltosa. E Portugal, finalmente, de tanto
porfiar, chega aos 3-0 por via de uma jogada individual de André Silva. Este
golo ainda tranquilizou mais em relação ao saldo de golos com o México que
estava a vencer a Rússia por 2-1. Era importante ser primeiro.
Última alteração de Fernando Santos, saindo Ricardo
Quaresma e entrando Gelson Martins. Boa atuação de Ricardo Quaresma, dos
melhores de Portugal. E Portugal não estava pelos ajustes chegando aos 4-0 por
Nani com um remate cruzado.
Vitória de Portugal que era de todo esperada. Quando
começou a impor ao seu futebol, Portugal arrumou de uma vez por todas a Nova
Zelândia. E então veio a goleada.
Classificação
final deste Grupo A
Portugal
7 pontos (saldo de golos 5)
México
7 (saldo de golos 2)
Rússia
3
Nova
Zelândia 0
Portugal defronta o segundo do grupo B e a Itália o
primeiro desse mesmo grupo. Amanhã se conhecerá os adversários de Portugal e da
Itália.
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