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domingo, 2 de julho de 2017

Copa das Confederações apuramento do terceiro lugar – Portugal venceu o México na prorrogação



Carlos Alberto Alves


Depois de ter perdido com o Chile na transformação de pontapés de grandes penalidades, Portugal, para o apuramento do terceiro lugar, voltava a medir forças com o México que foi derrotado pela Alemanha por um expressivo 4-1. Portugal que não contava com o concurso de Cristiano Ronaldo que foi dispensado por motivos pessoais. Por outro lado, Fernando Santos procedeu a várias alterações em relação ao onze que defrontou o Chile, salientando-se o regresso de Pepe que frente ao Chile cumpriu um jogo de suspensão. Ao invés, o México apresentou-se na sua máxima força.

O JOGO – Começou com uma toada de equilíbrio, mas Portugal começou a surgir mais no ataque. Digamos Portugal um pouco “mais em cima”, porém, com o México a responder com os seus contra-ataques quando se apoderava da posse da bola. Em termos de jogo-jogado, aberto, e com Portugal a registar maior posse de bola e num desses lances de ataque André Silva partiu isolado e foi derrubado com o árbitro a assinalar grande penalidade, após a tal conferência de vídeo. Rafael Marques, que fez a falta, levou cartão amarelo e, para cúmulo dos azares (?), André Silva falhou a grande penalidade. Atirando à figura do goleiro Ochoa. Na sequência do canto, Nani falhou o alvo com uma cabeçada alta. Portugal estava melhor no jogo, mau grado o facto de ter falhado o castigo máximo. Mais uma falhada para juntar às outras três perdidas no jogo com o Chile, se bem que esta ocorreu em tempo de jogo. De resto, o México manteve-se fiel ao seu sistema de contra-ataque e, numa das suas jogadas de ataque, Rui Patrício teve que ser arrojado para evitar o golo. E pela segunda vez, Rui Patrício voltou a evitar o golo com uma defesa espetacular.  O jogo, ao cabo, estava a ser agradável, com Portugal melhor tecnicamente e a ser mais perigoso, com Pizzi e Gelson em evidência. Verdade seja dita que, em termos ofensivos, Portugal chegou mais forte.

Para quem esperava um jogo sem interesse, enganou-se redondamente, sobretudo em relação à prestação da equipa portuguesa que foi melhor em campo.

A SEGUNDA – PARTE – A expectativa de que esse empate a zero bolas não persistisse, evitando-se assim uma prorrogação. E era jogo mesmo para quem marcasse. Nesse sentido, lamenta-se a perdida de Portugal na transformação de um castigo máximo. E foi mesmo o México que chegou ao golo aos 54 minutos, com autogolo de Luís Neto. Falha-se uma grande penalidade e depois um golo contra, é muita coisa. O golo animou mais os mexicanos, como era previsível, com Portugal a reagir. E Pizzi teve a oportunidade de empatar, falhando no remate final. E Gerson com um remate de cabeça obrigou Ochoa a uma defesa extremamente difícil. Salvou o golo. Portugal na busca do empate, mas pecando na finalização. Mas há que louvar a reação portuguesa ao infortúnio. Entra Quaresma para a saída de Nani. Volvidos alguns minutos, e duma assentada, Fernando Santos refresca o meio-campo com as entradas de Adrien Silva e André Gomes, saindo João Moutinho e Danilo, respectivamente. O tudo por tudo para chegar à igualdade. E, de novo, Rui Patrício a evitar o golo. A grande figura da seleção portuguesa.

E quando todos estavam à espera da vitória do México, Portugal, nos descontos, chega à igualdade por Pepe, dando sequência a um cruzamento de Ricardo Quaresma. A insistência de Portugal premiada com este golo. Pepe também em grande.

PRORROGAÇÃO – E novamente Portugal numa prorrogação, com golo de Pepe mesmo ao cair do pano. A sina de Portugal que vem desde o Campeonato da Europa. Esta a quinta prorrogação num total. Portugal e México com direito a mais uma substituição cada, de acordo com o novo regulamento da FIFA. E, no cômputo geral, seria uma injustiça Portugal perder este jogo nos 90 minutos. Porém, o futebol não se compadece dos erros cometidos.

Fernando Santos logo no início da prorrogação utilizou a quarta substituição, entrando William Carvalho para o lugar de Pizzi.

No início, o México a ser mais perigoso e, mais uma vez, outra impressionante defesa de Rui Patrício, em grande plano.

Quando Portugal entrou num ataque bem delineado, grande penalidade a castigar mão de um defensor mexicano e Adrien Silva, com um pontapé certeiro, a colocar posição na frente do marcador. Finalmente, uma grande penalidade convertida.

Mas, para Portugal, mais uma contrariedade com Nelson Semedo a levar o segundo cartão amarelo. Foi imprudente Nelson Semedo. Catorze minutos para Portugal suster a pressão dos mexicanos. Era aqui que a cabeça tinha que funcionar. Cabeça e o consequente espírito de entreajuda, face a um jogador a menos, o mesmo acontecendo ao México, cinco minutos depois, uma falta de Jimenez sobre Eliseu. Segundo amarelo para o mexicano. E foi mais uma vez Rui Patrício a salvar Portugal do empate, uma defesa de extrema dificuldade. O jogo aqueceu e foi expulso o treinador do México. Os mexicanos pretendiam uma grande penalidade por falta cometida por Pepe num lance de braço com braço.

Em suma, uma vitória importante de Portugal, num jogo com muitas peripécias e onde brilharam os dois goleiros.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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