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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Do poeta-escritor Alexandre Oliveira


 Oceanos 
 Por que Oceanos?... 
 Vários amigos e amigas me perguntam e simplesmente eu os respondo que oceanos eu sigo sem me importar com o balanço do mar que por muito se ver revolto dita para mim diferentes rumos, onde diz que muito já naveguei, e preciso de descanso e adentro em rios e mares, próximo de tantos outros que
por algum tempo fiquei. E assim, vejo-me como grande desbravador, no entanto hoje eu vou de encontro ás minhas retinas, enquanto meus pensamentos buscam o que fora para ela. Quando de alguma forma permito saber quem um dia eu fui. Quem doravante daqui para frente eu serei... 
Onde nesta viagem ainda poderei perceber os altos e baixos sobre toda imaginação. Imaginar um tempo que jamais por mim fora esquecido, e assim procurar perante todos o que encontrar ante meu coração partido. Estagnado em algum lugar, esperando a vez de aportar, deixando o pesado fardo de lado, e o pensamento por si invadir terras distantes onde jamais estivera, e dela se apossar, enquanto desta sou banido. 
 Por alguém que na vida eu tanto amei, e não soube deste coração cuidar, jogando o mesmo as traças sem aferir qual tempo ou lugar. E nisto diante dos meus olhos, percebi todo feito da minha agonia, aonde minha imaginação nada sobre o que passara esqueci, e mais adiante ainda pretenda ir, se volta e meia estou diante deste que me faz sofrer. E nisto às vezes desabafo, sobretudo que já passei, e quando muito me exponho, lamento o que a minha frente eu encontre.  
Eu fui por alguém ferido, e me pus como animal arisco, que desconfiado em seu habitat, procura não chorar. Enquanto a tristeza emana, e a solidão por si preenche suas lacunas. Por oceanos muito tempo eu naveguei, levei muita riqueza de um lugar para outro.
No entanto, em meus pensamentos, lá você se encontrava sem se importar com a distância. Você que muito me ensinou a te querer. Aquela que mostrou como traçar meus caminhos.  E assim a gente ensaia sempre algo que nos é pertinente. Porque a vida sempre nos mostra com detalhes que a vida é uma peça de teatro que não nos permite ensaios, e quando cai o pano já não se consegue erguer. É fato consumado.  
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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