Quando o Marítimo do Corpo Santo foi defrontar o Santa Clara
para o apuramento à Taça de Portugal, fiquei em casa da família do Mariano
(gente excelente, sublinho) por falta de alojamento, uma vez que, naquela
altura, São Miguel carecia de unidades hoteleiras e as que existiam estavam
lotadas.
O jogo terminou empatado no conjuntos dos dois jogos, sendo
necessário o desempate por pontapés de grandes penalidades. O Marítimo,
paradoxal que pareça, acertou todos os seus castigos máximos no poste da baliza
do Marinho (creio que era ele o guarda-redes). Acertou melhor o Santa Clara e,
logo de seguida, defrontou o Gil Vicente tendo perdido por 2-1 em jogo
disputado na Fajã de Cima.
Em relação ao jogo Santa Clara – Marítimo, que ficou
conhecido pelos “pênaltis-às-escuras”, em casa da família do Mariano, e para
legitimamente comemorarem, alguns colegas do Mariano e do irmão (que também
jogava no meio-campo santa-clarense) estavam lá em casa. Eu, no quarto de
hóspedes, escrevia a minha crónica para o jornal A Bola, mas, claro, tenho que
confessar que respeitei aquela euforia e, quando terminei de enviar o meu
serviço para Lisboa via Marconi, também me juntei a essa gente, por uma questão
de ética e que sempre entendia que o futebol, quando bem interpretado, constituía
uma escola de virtude. Naquele tempo. Hoje já não é bem assim.
E de tudo isto, hoje mantenho amizade com o Mariano, alguns
jogadores daquela época e outros de épocas subsequentes, alguns deles meus
amigos no facebook.
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