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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Flashes de um livro que não foi publicado

Minha filha foi talismã 
Nunca fui daqueles de virar as costas aos desafios lançados. Circunstancialmente, sempre confiei no meu “savoir faire”, na minha capacidade imaginativa. E foi deste modo que, em 1986,
aceitei um convite do Sporting da
Horta (delegação do Sporting de
Lisboa) para levar o clube a campeão. Logrei esse desiderato, para gáudio de todo o grupo de trabalho. Mas, aqui, confesso
que minha filha, sempre presente aos fins-de-semana, foi meu talismã. Nessa altura, ela tinha cinco anos de idade e, aos domingos de manhã, deparava que a minha fisionomia mudava, isto é, apresentava indícios de preocupação, na exata medida em que, para atingir os objetivos propostos, não podia perder jogos. Expliquei-lhe, com todo o cuidado, essa situação e foi então que, com aquele ar de criança já crente, me respondeu: "pai vai rezar no sentido de saíres vencedor". Até aí, tudo bem. Num fim-de-semana em que não me acompanhou, acabei mesmo por perder esse jogo, aliás, o único em que fui derrotado. A partir desse momento, acreditei cada vez mais que minha filha, nessa encruzilhada de treinador que tinha que ser campeão, foi o meu precioso talismã.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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