No dia em que você nasceu… Carlos Alberto Moniz, Carlos Saborida e Diogo T
Festivais da Canção / 02/08/2016
Neste segundo dia do mês de Agosto são dois os nossos aniversariantes: Carlos Alberto Moniz e Diogo T e recordamos Carlos Saborida, que também seria hoje aniversariante.
Carlos Alberto Moniz, dizemos nós que é mais um recordista em presenças no Festival da Canção. Nasceu na Ilha Terceira – Açores, em 1948 e é músico, maestro, apresentador e compositor português. Mais um grande nome da nossa cultura musical, tendo participado em grandes espetáculos, quer em Portugal
como no estrangeiro, com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Carlos Paredes com os quais gravou vários discos. É pai da cantora Lúcia Moniz, a detentora da melhor classificação de sempre na Eurovisão, um 6º lugar com a canção “O Meu Coração Não Tem Cor”.
Carlos Alberto Moniz esteve presente em vários Festivais da Canção, quer seja como intérprete, autor, compositor ou maestro, a sua ligação a este evento é muito forte. Destacamos as vezes em que subiu ao palco do Festival enquanto intérprete:
Em 1979 e 1981 no duo Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo então sua mulher, nos temas A Outra Banda, Camponês dos Campos de Água (ambas nas eliminatórias do FC1979) e Olá, rapariga olá (FC1981).
Integrou também o grupo S.A.R.L. nos Festivais da Canção de 1979, 1980 e 1982, respetivamente com os temas Uma canção comercial, Self-made-man e Quero ser feliz agora.
No ano de 1971 esteve no grupo Efe 5 com o tema Rosa, Roseira e em 1973 Carlos Alberto Moniz incluiu o grupo Improviso na interpretação de Cantiga.
No Festival da Canção de 1986 interpretou, a solo, Canção para José da Lata.
Diogo Tavares é o nosso outro aniversariante de hoje. Nasceu em 1982, desde cedo começou a sua paixão pela música, iniciando a sua carreira no programa Os Principais na RTP em 1996, do qual saiu vencedor com o tema Stuck On You, de Lionel Richie.
No ano 2007, a convite de Ramon Galarza, participa no nosso Festival com o tema Chega Foi Demais.
Homenageamos também hoje Carlos Saborida, que nasceu também neste dia em Lisboa, em 1955. A par da sua profissão como bancário, esteve também ligado à música. Tocou em bares, foi guitarrista de José Mário Branco alguns anos e estudou música no Hot Club. Há dois anos esteve envolvido com alguns amigos num espetáculo de homenagem a Tom Jobim. Com Gustavo Sequeira, António Branco e Luís Freitas fez parte do Quarteto Música Em Si, que participou no Festival RTP 1980, com o tema Esta Página em Branco, com letra de Gustavo Sequeira, música de António Branco, orquestração de José Mário Branco e direção de orquestra do maestro Jorge Machado. Este tema classificou-se em 6º lugar, no entanto foi bastante elogiado pela crítica. Faleceu a 19 de Novembro de 2014 vítima de doença prolongada.
Curiosidades deste dia 2 para os aniversariantes:
Em 1990, o Iraque invade o Kuwait, dando-se início à Guerra do Golfo.
Neste dia nasceu também António Manuel Ribeiro, vocalista e líder da banda UHF e também compositor.
Também neste dia em 1929 nasce Zeca Afonso, cantor e compositor português, sendo o seu género musical o folclore e a música de intervenção. Morreu na cidade de Setúbal, a 23 de fevereiro de 1987, vítima de doença prolongada.
É desta forma que o nosso site dá os Parabéns a Carlos Alberto Moniz e Diogo Tavares. Um dia feliz repleto de coisas muito boas e que desejam. Muitas felicidades para as vossas vidas.
“Os (vinhos) verdes sempre foram a minha alegria!”
Carlos Alberto Moniz é um nome incontornável no panorama artístico nacional. Autor de uma carreira que compreende uma vasta obra discográfica e atuações ao lado de nomes como Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Paredes e José Jorge Letria, encontra-se, neste momento, aos 66 anos de idade e mais de quatro décadas de carreira, a percorrer o país com “O Vinho dos Poetas”.
VALE MAIS aproveitou a sua recente passagem por Ponte de Lima, na Cadeia das Mulheres – Loja Rural, na tertúlia “Poesia a Copo”, promovida pelo município limiano e pela Associação de Municípios Portugueses de Vinho. De modo informal e descomplexado, este artista, que já atuou nas quatro partes do mundo, teve connosco uma conversa… sem subterfúgios
Carlos, conhecemos-o das canções para crianças e… agora aparece a cantar o vinho. A que se deve esta mudança?
As crianças crescem e evoluem. O facto de ter cantado para crianças não quer dizer que ia cantar eternamente para elas. Mas tenho quatro filhos e três netos… sou capaz de ainda lhe cantar canções de criança.
O último disco que fiz antes deste chamava-se “Resistir de Novo”. Era uma série de canções em que se repensava a necessidade de resistir hoje em dia. Anteriormente, o “Lusofonias” foi dedicado aos poetas com o Xanana Gusmão e Amílcar Cabral. Musiquei os poemas deles. Também não era para crianças! Toda a minha vida tenho andado a orquestrar, a escrever cantatas, fazer trabalhos para coros, orquestras de câmara…
Agora surgiu esta ideia! Parece-me que juntar o vinho às regiões de onde ele vem é uma ligação justa e perfeita.
Tem andado, inclusive, com este ‘vinho’ por outras bandas!
Tenho andado por aí, nomeadamente, aqui no Alto Minho. Por Ponte da Barca, Viana do Castelo, tenho andado… mas, se reparou, tenho o cuidado, nas cantigas, quando toco o Verde do Minho, toco o Malhão; quando vou para a zona de Coimbra, o vira de Coimbra; se for para o Alentejo, tenho umas ‘saias’ que fiz e mostrei ao Vitorino – “disse-lhe, vê se essas ‘saias’ estão bem feitas” – “estão bem feitas, mano, podes seguir”; já no Algarve tenho umas referências ao Corridinho, maior e menor.
(Continua)
Sem comentários:
Enviar um comentário