Um Negócio na Europa
(Continuação)
PASSAGEM DE TEMPO -
(arrumação de cenário, troca de figurinos, chegada da Radmila Zandra (Cidah
Viana), ensaios, correrias...)
* Radmila Zandra - Senhoras
e Senhores, muito boa noite! É com imenso prazer que volto à Divinópolis, terra
de meu ídolo Lindolfo Fagundes. Foi emocionante saber que o prêmio que
idealizei veio parar
nas mãos dos artistas divinopolitanos. Agradecemos a
presença de todos que carinhosamente aceitaram nosso convite para assistir ao
ensaio geral e gostaríamos muito de contar com todos na platéia da turnê
européia. E principalmente queria convidá-los estar presente na entrega do
prêmio em minha querida Lisboa/Portugal.
Vamos falar um pouquinho da
mola propulsora:
José Lindolfo Fagundes nasceu em Andrelândia, Sul de Minas, em 09
de novembro de 1936, filho de Alice Silva Fagundes e Olympio Fagundes do
Nascimento.
Publicou vários livros,
revistas e crônicas e foi membro e presidente da Academia Divinopolitana de
Letras. Fundador e segundo presidente do Lions Clube de Divinópolis, em cuja
gestão deu início às obras do Instituto Helena Antipoff para crianças
excepcionais. Católico praticante e vicentino foi casado por 53 anos com Maria
Aparecida Soares Oliveira Fagundes, com quem teve quatro filhos e oito netos.
Sempre exerceu atividades paralelas e de intelecto:
militante da imprensa, publicitário, escritor e autor teatral, tendo edificado
e mantido em Divinópolis por 18 anos um teatro de nível nacional, o Theatron.
Pela dedicação cultural que deu teto aos artistas por tanto
tempo, veio a inspiração de criar o "Prêmio Lindolfo Fagundes - UM NEGÓCIO
NA EUROPA"
COREOGRAFIA PORTUGUESA - Bate o pé.
* Klaus Werneck - POEMA DE DESPEDIDA
De Edson Gonçalves Ferreira
Para José Lindolfo Fagundes (sempre presente)
Amigo querido, cheguei de "Um negócio na Europa"
Lá visitei "A capela" e rezei por ti
Fugia d' "A folhinha do chefe"
E pensava em ti, ó meu pai adotivo
Desfrutando-me das delícias do teu "Dicionário de
rir"
E, ao mesmo tempo, curti "O Sequestro" do meu
eu-lírico
De modo algum, pensei em "Heranças"
O bem maior foi tua lição de vida, querido amigo
Contigo, deliciei-me com "As quatro estações"
nesta vida
E, assim, ao voltar, fiquei preocupado contigo
E, agora, uso um "Chapéu roxo"
E choro a tua partida,
Até breve, Dulfinho. Até!
(Poema feito com os títulos dos livros publicados pelo
acadêmico José Lindolfo Fagundes - Dulfinho) Divinópolis, 30 de agosto de 2011.
*Anita Amália - PROCURA (Marlene Gandra)
milhas viajo
em navio balançando ao mar
não sabendo o idioma telúrico estrangeiro
vago por infinitas frestas
janelas fechadas e vazias
seu corpo não está mais lá
sua alegria evaporada
debruça na ilha Terceira
nem do cão ouço latidos
correntes fazem dos meus pés estáticos
feridas que abrem e sangram
só tristeza enxergo no mar português
MÚSICA - Lisboa antiga - Amália Rodrigues
Lisboa, velha cidade,
Cheia de encanto e beleza!
Sempre a sorrir tão formosa,
E no vestir sempre airosa.
O branco véu da saudade
Cobre o teu rosto linda princesa!
Olhai, senhores, esta Lisboa
d'outras eras,
Dos cinco réis, das esperas e das toiradas reais!
Das festas, das seculares procissões,
Dos populares pregões matinais que já não voltam mais!
(Continua)
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