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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Do poeta-jornalista-escritor José do Carmo Francisco



Poema para as Amigas do Peito – Santa Maria


Num olhar e num sorriso
Na voz que tudo serena
A bata branca é o juízo
Na nossa vida pequena.
Porque seja lá onde fôr
Nasce um lema de vida
Única medida do amor
É um amar sem medida.

É não pensar no retorno
Ou na possível vantagem
O olhar é como um forno
Onde o calor é coragem.
É não pensar na tristeza
Na esquina de cada dia
A esperança é a certeza
Dum olhar feito alegria.
É não pensar no escuro
Duma derrota prevista
A resposta é um futuro
Cada dia uma conquista.
É não pensar no defeito
Nem excesso de ternura
Com as Amigas do Peito
A vida é mais segura.
É não pensar na razão
Ou razões que são várias
Das forças do coração
De todas as voluntárias.

José do Carmo Francisco

Poema periférico para Rafael Carvalho

Nesta viagem duma viola que não cansa
De ouvir porque tem em si dois corações
Há um tempo de teimosia e de esperança
Num espaço onde não chegam as razões.
«Origens» pois então só hoje eu ouvia
Um CD que há meses estava fechado
Eu desperto para um pleno de alegria
Dum som que vai comigo a todo o lado.
Som guardado do lado do coração
O lado mais sensível e mais sereno
Dum corpo que acende uma paixão
Sem ter as coordenadas no terreno.
Dois corações são símbolo e bandeira
Da música que nos dá a voz da terra
Capaz da emoção mais verdadeira
Que fica no poema em pé de guerra.


José do Carmo Francisco 

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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