Poema para as Amigas do Peito – Santa Maria
Num olhar e num sorriso
Na voz que tudo serena
A bata branca é o juízo
Na nossa vida pequena.
Porque
seja lá onde fôr
Nasce
um lema de vida
Única
medida do amor
É
um amar sem medida.
É não pensar no retorno
Ou na possível vantagem
O olhar é como um forno
Onde o calor é coragem.
É
não pensar na tristeza
Na
esquina de cada dia
A
esperança é a certeza
Dum
olhar feito alegria.
É não pensar no escuro
Duma derrota prevista
A resposta é um futuro
Cada dia uma conquista.
É
não pensar no defeito
Nem
excesso de ternura
Com
as Amigas do Peito
A
vida é mais segura.
É não pensar na razão
Ou razões que são várias
Das forças do coração
De todas as voluntárias.
José do Carmo Francisco
Poema periférico para Rafael Carvalho
Nesta viagem duma viola que não cansa
De ouvir porque tem em si dois corações
Há um tempo de teimosia e de esperança
Num espaço onde não chegam as razões.
«Origens»
pois então só hoje eu ouvia
Um
CD que há meses estava fechado
Eu
desperto para um pleno de alegria
Dum
som que vai comigo a todo o lado.
Som guardado do lado do coração
O lado mais sensível e mais sereno
Dum corpo que acende uma paixão
Sem ter as coordenadas no terreno.
Dois
corações são símbolo e bandeira
Da
música que nos dá a voz da terra
Capaz
da emoção mais verdadeira
Que
fica no poema em pé de guerra.
José do Carmo Francisco
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