Foi sempre um catedrático das letras. Um homem com vastos conhecimentos culturais. Um professor que encantava os alunos em função da forma simples e eficaz que apresentava as suas aulas. Refiro-me ao Padre Manuel Coelho de Sousa que tive como diretor no jornal A União, acompanhado na chefia de redação por José Barcelos Mendes (também já falecido) e, posteriormente, por Manuel Carlos.
Com Manuel Coelho de Sousa mantive sempre o contato de circunstância, até porque não era pessoa de se meter na área desportiva. Ele sempre dizia que essa mesma área tinha que ser bem cuidada pelos entendidos. Mas sempre nos aconselhava no que concerne aos ataques pessoais. Evitá-los dentro do possível, alertava Coelho de Sousa.
Quando fui para São Miguel chefiar o JORNAL DO DESPORTO, recebi de Manuel Coelho de Sousa um incentivo digno de registo e para mim inesquecível. Uma nota em caixa na primeira página. Felizmente foi assim. Infelizmente, e numa situação posterior, em outro jornal, esqueceram-se do muito que eu fiz.
Quando o Padre Manuel Coelho de Sousa faleceu estava eu como editor no jornal Diário Insular e, como se impunha, escrevi uma longa nota sobre um homem (sacerdote) que muito deu à ilha Terceira, culturalmente falando, nomeadamente à sua freguesia, São Sebastião.
Quando regressei de São Miguel, das primeiras coisas que fiz foi entrar na redação do jornal A União e dar um abraço em Coelho de Sousa. A seguir ao abraço, e pouco tempo depois, entrava eu no concorrente Diário Insular. Aliás, durante anos andei num cá-e-lá. Deste feita, porém, foi em A União que mantive colaboração, até ao fecho do jornal. Será que algum dia Manuel Coelho de Sousa cogitou na hipótese de A União encerrar?
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