AO RESSOAR DA TARDE
Em folguedos no telhado da casa grande
Frente a minha
Clamorosas andorinhas
Voejam alegres
Pela tarde bela do mês de abril
Da janela da sala de jantar
Por detrás da persiana
Contemplo-as ousando decifrá-las...
Numa corrida em festa
Mais e mais andorinhas se juntam
Esvoaçam, volitam...
Se para rezar a oração do Angelus
Se para piar umas às outras suas façanhas do dia...
Se para zinzilular...
Apenas
Em minha mente
Tão somente airosas andorinhas circundam...
Sem saber se se encontram para rezar
Piar
Zinzilular...
Dali eu as abençoo
Debruçando-me para referenciá-las
No ressoar da tarde
E no silêncio da alma.
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