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domingo, 30 de dezembro de 2018

JOSÉ ÁLVARO AFONSO


Biografia

Álvaro Afonso foi um licenciado que surge inicialmente como cantor de Pedro de Portugal, 1.º Duque de Coimbra durante o período em que este foi regente (1439 e 1448).[1] Desta fase chegou à atualidade um fragmento de uma composição poética da sua autoria transcrita no Cancioneiro da Vaticana:
Luís Vasques, depois que parti
Dessa cidade tão boa, Lisboa,
Achei tal encontro que digo per mim
Que som já desfeito e jaço à toa,
Acerca de Sintra, ó pé desta serra,
Vi hũa serrana que bradava guerra:
«Vós treedes comigo, decê-vos a terra,
Pois ora lá tangem e cá ora soa!»

Pero de sa vista eu fosse espantado
Qual me ela pareceu tão ressanhuda 
Tornou-se mestre de capela na Capela Real de D. Afonso V, ocupando o cargo em data desconhecida entre 1440 e 1449. Em 1452 foi enviado à corte de Henrique VI de Inglaterra para copiar o cerimonial litúrgico da sua capela. Da sua obra musical sabe-se que fez parte um ofício de cantochão que compôs em 1471 para as celebrações da conquista de Arzila que em na primeira metade do século XVIII se preservava num manuscrito na biblioteca do infante D. Pedro mas que não sobreviveu até à atualidade.[1][2][3]
Obra
Vesperae, Matutinum, & Laudes cum Antiphonis, & figuris musicis de inclyta, ac miraculosa Victoria in Africa parta ad Arzillam (1471)[2][3]
"Pergunta que fez Álvaro Afonso, cantor do senhor infante, a um escolar" ("Luís Vasques, depois que parti")[1]

Luís Cristovão Dias de Aguiar 

Luís Cristóvão Dias de Aguiar, que usa o nome literário de Cristóvão de Aguiar (n. Pico da Pedra, Ilha de São Miguel, 8 de Setembro de 1940) é um escritor português[1].

Biografia
Depois de Vitorino Nemésio, é considerado o maior escritor da literatura de autores açorianos e um dos de maior importância no panorama da Literatura Portuguesa contemporânea.
É licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, que frequentou de 1960 a 1971. Cumpriu o serviço militar na Guiné Portuguesa, de 1965 a 1967, período durante o qual teve que interromper os seus estudos. Tornou-se leitor de Língua Inglesa na Universidade de Coimbra em 1972.
Foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique em 2001 e homenageado pela Faculdade de Letras e Reitoria da Universidade de Coimbra em 2005, por ocasião dos quarenta anos da sua vida literária, tendo sido publicado um livro, "Homenagem a Cristóvão de Aguiar", coordenado pela Prof. Doutora Ana Paula Arnaut, o qual contém a generalidade das críticas e ensaios publicados sobre a obra do autor durante a sua vida literária [2]
A trilogia romanesca Raiz Comovida (1978-1981) é a sua obra mais importante. Merece também realce a sua Relação de Bordo (1999-2004), em 3 volumes, um dos mais interessantes diários da literatura portuguesa.
Obras
Poesia:
Mãos vazias (poesia, 1965);
O Pão da Palavra (1977);
Sonetos de Amor Ilhéu (1992)[3]
Prosa:
Cães letrados, contos (2008)[3]
Braço tatuado, retalhos da Guerra Colonial, 2006 [3]
Ciclone de Setembro, 1985, romance ou o que lhe queiram chamar [3]
Grito em chamas, 1995, memórias[3]
Passageiro em trânsito, 1988[3]
Marilha, sequência narrativa (inclui "Ciclone de Setembro e Grito em Chamas".7[3]
Com Paulo Quintela à mesa da tertúlia, nótulas biográficas [3]
A descoberta da cidade e outras histórias, 1992 [3]
Miguel Torga - o lavrador das letras, 2007, no I centenário do nascimento do Autor
Catarse, diálogo epistolar em forma de romance (escrito em colaboração com Francisco de Aguiar)
Charlas sobre a Língua Portuguesa - alguns dos deslizes mais comuns de linguagem, 2007
Trasfega, casos e contos, 2003, (Prémio Miguel Torga, 2002)
A Tabuada do Tempo - a lenta narrativa dos dias (Prémio Miguel Torga, 2006)
O Coração da Memória, 2014
Traduções:
A Riqueza das Nações, de Adam Smith, 1982
A Nobre Arquitetura, de António Arnaut (Versão de português para inglês), 1982
Prémios
Prémio Ricardo Malheiros com Raiz Comovida"[2]
Grande Prémio de Literatura Biográfica com Relação de Bordo[2]
Prémio Literário Miguel Torga com Trasfega (2002) e com A Tabuada do Tempo (2006) «ref name=RTP/»
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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