JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

sábado, 29 de dezembro de 2018

JOSÉ HENRIQUE ÁLAMO DE OLIVEIRA


Álamo Oliveira - O POETA!

Quando se pronuncia Álamo de Oliveira já por si só é um poema. Um poema feito da raiz da perfeição, da excelência e da contemplação.


                                                     
- Conheço o poeta terceirense, açoriano, mundial, desde a infância. Era vizinho da minha zona. Percorria o mesmo trajecto. Naquele tempo não sabia o valor deste Homem da Poesia. Hoje dou-lhe todo o valor. Eu não tenho sequer uma décima da sua arte. Sou terceirense e isso me conforta a alma.

- E porquê Álamo de Oliveira neste dia?

- Porque hoje é dia do seu aniversário. Queres dia melhor que este para saborear o doce perfume da sua poesia?

- Não sei fazer esse paladar dos deuses. Só ele o pode...

- Tens razão. Só ele pode talhar as palavras como pérolas; só ele pode cultivar o eco dos versos de luar e maresia; só ele pode cuidar da formosura da prosa dos dias tristes e alegres; e...

- E o quê... Continua... Estava a gostar... Mas...

- Mas "Já não gosto de chocolates" e agora apetecia-me um ou dois... Para comemorar...

- Mas ele está longe não é?

- Sim. Disseram-me que está ausente da ilha... Mas voltará em breve. Foi esta amiga que me disse a data do aniversário :)

- Vais dar-lhe os Parabéns?

- Talvez... Sabes, ele conhece-me. Eu conheço-o. Dizemos "Olá" e acenamos cada vez que cruzamos a mesma rua, o mesmo ladrilho. Tenho receio de falar com ele muito tempo...

- Ora, porquê?

- Porque falar com "Deus" sem estarmos preparados é tarefa difícil...Mando-lhe mensagens com os elogios que ele merece.

- Mas ele é muito simpático e sabes disso.

- Sim é. Mas sinto sempre um medo de dizer as palavras certas na hora errada ou vice-versa. Ele é poeta! E os poetas quando olham, vêem a nossa alma inteira... No seu olhar há oceanos de talento, fogo literário...

- Não digas mais ou então faz-lhe a homenagem que merece...

- Não sei como...

- Diz o que sentes e pronto. Ele aceita o sentir da pessoa amiga.

- O que sinto? Pois... Queria ser como ele... Será pecado este pensamento?

- Acho que não. É um bonito sentimento.

- Se um dia escrevesse um livro gostava que o Álamo fosse o dono do Prefácio. Para ter uma lembrança dele como a que tenho do livro "O meu coração é assim" (antologia) com organização e prefácio de Diniz Borges.

A página 121 tem o que foi publicado no Vento Norte - Supl. Jornal «Diário Insular», 1999, da autoria de Diniz Borges:

"Na poesia, no teatro, na ficção narrativa e até mesmo no ensaio, o nosso poeta apresenta-nos um mundo onde a humanidade poderá revestir-se de dignidade e justiça. Cada texto é composto por um lirismo que eleva o espírito humano. Em cada um dos seus textos existe um grito profundo que penetra os labirintos mais recônditos da nossa existência. Nos cerca de 30 títulos já publicados, e entre a miríade de temas que o autor tem explorado, a emigração e as suas marcas profundas na sociedade e na idiossincrasia açorianas, têm tido relevo especial. É que Álamo Oliveira continua a ser um escritor do seu povo e do seu lugar e, por isso, um escritor de todos os povos e de todos os lugares."

- É. É um poeta universal.

- Não me vou alongar mais. Resta-me desejar-lhe felicidades... Parabéns vizinho! Parabéns Poeta!

- Achas que ele vai ler esta conversa?

- Alguém lerá e lhe dirá. Tenho esperança que as pesquisas ajudem.

- Ah, pois... As pesquisas com a ajuda do SAPO.

- Sim, com a ajuda do maior pesquisador português. Até breve!

- Até breve.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário