JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

QUANDO EU PARTI PARA ANGOLA


Quando parti para Angola em 1965, já levava na bagagem a esperança de seguir a carreira jornalística, tendo em linha de conta que, no ano de 1964, comecei nas lides em representação do jornal “Ecos do Marítimo”, por via de um desafio que me foi lançado pelo meu bom amigo Edmundo José Pereira que, mais tarde, após ter emigrado, faleceu em Toronto, Canadá.

Assim, em Angola, não descurei esse entusiasmo para me transformar em verdadeiro homem do jornalismo, neste caso, o desportivo, mantendo uma regular colaboração no jornal do Batalhão de Caçadores 471 e, logo de seguida, a convite do capitão José Cid Torres, enfileirar o naipe de colaboradores do jornal “O Planalto”, com publicação na cidade de Nova Lisboa, a capital do distrito do Huambo. Mantive-me nessa situação até regressar a Portugal (1967). Depois de umas curtas férias, reiniciei, com mais intensidade, as colaborações em jornais de clubes para, um ano volvido, entrar para o vespertino “A União”, pela mão de José Daniel Macide. Estava lançado na imprensa de cariz regional, alternando, em poucos anos, com o “Diário Insular”, matutino da mesma cidade de Angra do Heroísmo.

Já com tarimba de jornalista credenciado, sou convidado pelo Açoriano Oriental, o mais antigo jornal de Portugal (terceiro na escala mundial), para liderar um projecto de jornal da especialidade, bi-semanário. De novo, aceitei mais este repto, nada fácil, convenhamos, mas lá consegui que o jornal saísse regularmente. Uma experiência enriquecedora, corroborada com subsequente convite, desta feita do “Diário Insular”. Um projecto idêntico e que, desde logo, teve pernas para andar. Hoje, continua a ser o jornal mais lido na região dos Açores, registando algumas distinções nas t galas promovidas pelo governo  regional. Claro que hoje há pessoas que se esqueceram de quem, com muito sacrifício e mal pago, arcou com essa responsabilidade.

Comecei, a partir daí, a ser solicitado por outros jornais, os madeirenses “Diário de Notícias” e “Jornal da Madeira”, Expresso do Centro (Coimbra), 24 HORAS, Jornal Açores, Stadium (Toronto). As revistas Açoresport, Açores e Açoriano Desportivo, esta última numa iniciativa de João Palmeira Bicho, actualmente a residir no Brasil, cidade de Resende.

De tudo isto se infere que fui adquirindo a consentânea maturidade para me guindar aos patamares superiores, ou seja, jornais de maior projecção nacional, casos de A Bola (20 anos) e Record (8). Esta passagem pela imprensa regional terá sido, ao cabo, um trampolim

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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