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485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

domingo, 27 de janeiro de 2019

Da poetisa-escritora Nanda Casanova


Sou feita do pó da terra!

A palma da minha mão 
Carrega uma longa vida
Com diversos obstáculos 
Aos quais tento dar saída
Os meus olhos castanhos 
Escondem alguma tristeza 
Mas meus lábios sorrindo 
Disfarçam essa incerteza
Meu ser desengonçado 
Demonstra quem eu sou
Minha alma procura paz
No corpo que encarnou
Minhas falas são ásperas 
Meu coração não é assim 
Ele é amante da paixão 
E de um amor sem fim
Eu vivo a minha vida
Sem controlar a do vizinho 
Cada qual leva a sua cruz
Até ao calvário sozinho
Sou feita do pó da terra 
E nele me vou transformar
Quando desistir de viver
E a lua deixar de me amar
Os sonhos brotem em mim
Como suspiros sem jeito 
Que sejam a satisfação 
De um caminho bem feito
A vida é como um sopro 
À beira de uma ravina 
Ou mantens o equilíbrio 
Ou dizes mal da tua sina
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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