O sol esquenta a Beira em dias de Janeiro, que se mostra codejeiro...
E o céu está azul...
Azul-céu...
Enganador, que o frio diz o contrário!
O frio levanta golas, luvas e gorros....
A Vila parece parada no tempo...
Um carro agora...outro muito depois...
A caminhar para Fevereiro, já penso em Março e em dias mais quentes, mornos, para a sementeira das batatas, que não semeio.
Mas vejo o corre, corre, de lavrar , estrumar...semear e do chão levanta-se o cheiro inconfundível do remexer das sementes...
Já foi tempo em que iam em bando, sacholas ás costas, e riam e cantavam e levavam broa, azeitonas , presunto e vinho..
Bebiam água das fontes...
O que agora se tornou enfadonho para os mais novos, era motivo de alegria.
O correr das estações, mudou o seu curso, quase se tornou distante, diferente e vai cercando de memórias, os que viveram estas "andanças" das vidas diárias, medidas por sementeiras e colheitas...
E assim , vai a Beira, calada , quieta...
21/01/2019
(Ainda existirão "destas coisas"?)
Mizé
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