Diziam-me, quando era pequena, que "andas a rir-te muito", vai dar em tristeza!
Há coisas engraçadas... que não tem graça nenhuma!
Mas que "os antigos, lá sabiam"!
A vida é uma maré, estranha e enganadora...
Tanto nos adoça e se revela terna e acolhedora...
Como derruba o "nosso Universo"!
Peritas minhas marés...
Em derrubar Universos!
Devíamos todos habituar-nos a viver, na espera de coisas menos boas,
Para que se eventualmente,
As que realmente valem a pena surgissem...
Fossemos gratos e felizes...
Felizes!!!
Tem tanto que se lhe diga,
Como o coração e as cores...
Que brilham...
Ou se escurecem!
Bom Ano!
Começa hoje, mais uma etapa, de marés...
Prevejo-as revoltas e mansas,
Como os dias,
Águas vivas.....
Brumas lentas que me enrolem...
E me tornem vento, ou chuva...
Que só passa, de quando em vez....
Vem o sol e vão embora!
Pego no peso dos dias...
Não lhe faço, mais perguntas...
Não lhes encontro respostas...
Respiro devagarinho...
E vou-me fechando em concha...
Um dia... de seguida uma noite...
E vou sendo o bichinho,
Que dentro da concha habita...
Ora
Quieta... calada...
Que na boca cerrada, mora....
O inquieto eco...
Do que o que penso me toca!
Maria Azevedo

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