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domingo, 26 de maio de 2019

Do astrólogo Luis Moniz - “A Natureza Criadora e a criatura“


“A Natureza Criadora e a criatura“

A criatura possui a aspiração pelo prazer, enquanto a Natureza Criadora possui a aspiração de criar e de conceder. É possível atingir o nível espiritual da Natureza Criadora, corrigindo a nossa natureza humana. Mas se olharmos para a Natureza Criadora, assumindo que a nossa natureza humana foi feita assim de propósito para que a partir da imperfeição a criatura compreendesse o estado de perfeição espiritual. Então a espiritualidade é compreensão, em vez de obrigação. Para chegarmos ao nível espiritual da Natureza Criadora, através do desejo de receber prazer, temos de saber como usar a nossa condição criadora. Aliás, o objetivo é entendermos que somos microcosmos ligados ao macracosmos. Somos criaturas da natureza, semelhantes à Natureza Criadora. 

Mas, é impossível inverter a nossa natureza porque a nossa “dualidade” impede que sejamos perfeitos. A natureza Criadora é doar e a natureza da criatura é receber. Para que sejamos capazes de ascender ao nível espiritual, precisamos corrigir a nossa natureza.

Ao contrário da Natureza Criadora, a restante natureza inanimada, vegetativa e animal tem o desejo de receber prazeres materiais. A restante natureza humana obtém o que quer, chama isso de prazer. Se obtém menos do que quer, chama de sofrimento. 

Mas, existem pessoas que começam a sentir – junto com a sensação de prazer uma sensação compreensível. Começam a sentir que há uma força externa “governadora”. À primeira vista, desconhecem a origem e o destino desta motivação superintendente. Mas, à medida que vão aprendendo e ganhando consciência, começam a sentir uma necessidade de encontrar algo superior à sua natureza. Então, criticam o “mundo” inferior e avaliam as suas novas ações e pensamentos na base de outro entendimento.

Assim, a sabedoria faz compreender que existem duas intenções na natureza: a animal e a espiritual. E depois de identificada a “dualidade”, então podemos aprender a trabalhar ambas as facetas da nossa condição humana. O objetivo é equilibrar ambas as partes do nosso estado (dual).
É por isso que começamos a sentir que, através de sua aspiração de receber, podemos também começar a dar. 

As pessoas que vivem, trabalham e negociam não podem entender que, de realmente, não estão dando nada a ninguém, apesar de pensarem que doam, estão a receber e a trocar. Simplesmente, não entendem a Natureza oposta, da qual a essência é pura doação.

O ser humano pode entender a sua natureza egoísta apenas quando começa a sentir a natureza altruísta da Criação. Antes de uma pessoa perceber isso, não possui o direito de ser chamada de Ser Espiritual.
Enquanto estamos viver através de nossa natureza egoísta, teremos dificuldade em entender os grandes mistérios da Eternidade.

Vemos que todo este processo é predefinido pela Natureza Criadora.
Isso significa que a Natureza Superior não criou algo inferior, mas o caminho pelo qual o ser humano precisa passar é necessário para a sua autodescoberta, para a receção daquela sensação, porque de outra maneira ele não seria capaz de entender o nível espiritual Superior.

É por isso que iniciamos o caminho espiritual de uma situação oposta àquela da Natureza Criadora. Esse caminho é necessário para que passemos por todos os níveis espirituais existentes, em todas suas situações, do começo ao fim da criação, de um estado completamente imperfeito à completa perfeição, para que ao chegarmos no nível da perfeição da Natureza Criadora saibamos como apreciar e entender o prazer que vem junto com o nível espiritual do Criadora Natureza Macrocosmica.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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