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sexta-feira, 7 de junho de 2019

ALGUÉM QUE LAMENTA O FALECIMENTO DE JOÃO ÁVILA


ALGUÉM QUE LAMENTA O FALECIMENTO DE JOÃO ÁVILA

Fico feliz quando, periodicamente, recebo emails de amigos que estão fora da nossa terra e que me têm acompanhado nesta minha transfiguração como jornalista, visto que, como é sabido, grande parte da minha carreira (que completa 48 anos no próximo dia 10 de Março) foi dedicada à componente
desportiva e nesse sentido, passando a imodéstia, penso que “LEVEI A CARTA A GARCIA”. Assim mesmo, sem receio que me chamem vaidoso, a CAIXA ALTA. De resto, esta minha mudança enriquece o meu currículo, quer aqui em A União quer no Portal Splish Splash (WWW.portalsplishsplash.com), este de apoio ao Rei Roberto Carlos, mas inserindo, sobretudo desde a minha entrada, outras temáticas. E muito eu tenho feito, em termos de panorama musical, pelos Açores no que concerne a divulgação de eventos. E muito eu tenho escrito, neste espaço de dois anos em que lá estou, sobre Roberto Carlos Braga, muito mais do que a maioria de jornalistas brasileiros, muitos dos quais só aparecem nas coletivas integradas no programa Emoções em Alto Mar.

Ora, foi com inteiro agrado que recebi um email de um velho conterrâneo, que bem me lembro, e que teve uma passagem pelo Rádio Clube de Angra. Creio que esse amigo, de nome João Machado, passou pelos arquivos dos colunistas de A União, neste caso em relação ao meu, e tocou-lhe fundo quando apareceu o artigo que falava da morte de João Ávila, que foi durante muitos anos locutor do RCA. Portanto, deixo aqui para os nossos e meus estimados leitores, o texto do email que me enviou João Machado:

“Distinto conterrâneo Carlos Alberto Alves: os meus cordiais cumprimentos. Sou o João Machado que trabalhou na secretaria do RCA, entre Agosto de 69 e Dezembro de 70, dado que em Janeiro de 71 tive que «marchar» para Tavira para iniciar 38 longos meses de serviço militar, 27 dos quais em Angola (15 no mato no norte de Angola, zona de Nambuangongo). Devemos ter sido pouco mais ou menos contemporâneos no RCA,  pois as pessoas que menciona são quase todas do meu conhecimento pessoal, mesmo o saudoso e muito bondoso Sr. Manuel Vale (irmão do Engº Auretónio Vale, director de Viação e Trânsito), a quem devo a minha ida para o RCA. O Duartino Maciel era Chefe da Secretaria do RCA e o Milton Santos, o grande Intendente!

Pelos vistos, tivemos os mesmos professores - quem não se lembra da grande senhora Dª Dores Ávila – autêntica artista da caligrafia (deu-me 17 valores!) e da Dactilografia que dominava tão bem como uma pianista eximia?! Recordar a nossa querida Escola Industrial e Comercial de Angra do Heroísmo e a sua panóplia de Professores distintos (Dr. Vitor Magalhães, Director) levava-me longe e fica para outra oportunidade. Sou do curso Geral de Comércio de 1966 (Aurélio Fonseca, José e António Pereira da Cunha e Silveira, «Coifas», os «Ifans», Aurilda Borges e muitos outros).

Mas é com muita tristeza que tomo conhecimento do passamento do Senhor João de Ávila e subscrevo totalmente as referências que lhe faz,  pois foi para todos os que passámos pela Rádio (também fiz locução e conheci quase todas as figuras que o Amigo refere e que que foram meus mestres) o ouvíamos e admirávamos com o maior respeito. Aliás, o meu pesar é extensivo aos restantes.

Também trabalhei na Redacção dos Noticiários, sob a batuta do Pedro de Merelim (Joaquim Gomes da Cunha), jornalista e investigador com obra notável e assíduo colaborador d´A UNIÃO do tempo do célebre Pe. Rocha (meu professor de Português no 5º Ano) e do Dr. Cunha Oliveira, director.

Peço desculpa pelo atrevimento desta insípida missiva que resulta de uma incursão pelas minhas memórias através da NET,  na convicção de que valeu a pena conhecer, conviver e aprender com essa Gente que soube transmitir saberes e valores, quiçá hoje muito em desuso. Recordá-los-emos, até chegar a nossa vez de partirmos, com o respeito  e a admiração que merecem”.

São estes testemunhos que nos incentivam para continuarmos nesta encruzilhada que, conforme já referi bastas vezes, tem como objetivo atingir, em 10 de Março de 2014, os 50 anos de carreira, repleta de muitos conhecimentos adquiridos e, fundamentalmente, o granjear de um ror de amizades que, no meu entender, vale por todo o esforço desenvolvido neste meio século de ligação ao desporto, neste caso falando do jornalismo, que agora me “catapultou” para outra interessante e importante área. Mas, como sempre me dizia o meu saudoso MESTRE, amigo e irmão, Vítor Santos, “um jornalista é jornalista em qualquer circunstância”. Foi uma frase que nunca esqueci, a par de outras notáveis recomendações.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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