AFINAL O MUNDO É MESMO PEQUENO
Um dia destes, graças às redes sociais; encontrei um amigo da minha freguesia. Nem eu, nem ele fazia a mínima ideia que afinal partilhamos o barulho dos aviões na década de 60 na base das Lajes, as mesmas ruas, a mesma escola, os mesmos cafés/tascas e até temos bastantes amigos em comum.
Mas quero com isso dizer é, que apesar dos anos passados (quase 50) ainda recordamos nomes de amigos de peripécias e da maravilhosa vida que tínhamos por vivermos ali ao lado, quase encostado à base das Lajes nos anos 60.
Ainda me lembro como se fosse hoje que em 1967 da passagem de muitos aviões na dita guerra dos 6 dias, é um caso que nem quero lembrar.
Os nossos pais, tios, primos, cunhados, padrastos e amigos eram empregados na dita base das Lajes.
Entravam às 8 da manhã, com as mãos a abanar e, quando saíam, vinham sempre com aquele saquinho de papel que ainda hoje tenho tantas saudades, cheio de coisas maravilhosas e por sinal comestíveis que os americanos iam deitar p’ro lixo.
Um amigo meu que trabalhou naquele tempo na base das Lajes, um dia disse-me, os Americanos sabiam que a malta levava umas coisinhas p’ra casa e nem ligavam a nada disso, o pior era os “BUFOS/CHEFES” que por sinal eram Portugueses e que tramavam os seus próprios amigos e conterrâneos.
Muitos Açorianos/Portugueses foram despedidos dos seus trabalhos na Base das Lajes, graças ao excesso de zelo de Chefes que falavam a mesma língua dos pobres trabalhadores que não faziam mais que levar alguns restos de comida que de certeza ia para o lixo.
PS: Será que esses ditos chefes/bufos, iam à missa?
Meus amigos aqui fica este meu desabafo:
Carlos A. Aguiar:
(PAGA PARA NÃO SE CHATEAR)
Sem comentários:
Enviar um comentário