Sempre fui um defensor da transportadora aérea açoriana, aguardando por redefinições estratégicas e dando tempo para implementar medidas.
Este fim de semana a Azores Airlines cancelou os voos Lisboa-Pico-Lisboa e Lisboa-Horta-Lisboa. São cancelamentos recorrentes para as duas “gateways” do “triângulo”.
É momento para dizer que a situação bateu no fundo, tão grande é já o prejuízo para operadores turísticos e para residentes naquela zona do arquipélago.
Espanta-me o silêncio do Presidente da SATA, refugiado em gabinetes a ver a companhia afundar. E o silêncio “ruidoso” da tutela: a Secretária Regional da área, Ana Cunha, e o Presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, têm de se pronunciar e, por uma vez, agir. Não para remendar, mas para reestruturar e preparar a companhia para os fortíssimos desafios do futuro imediato, com alguém que, efetivamente, perceba de aviação comercial e das suas particularidades.
Ruinoso não é apenas o “modus operandi” da companhia; é também o modo como a tutela açoriana se está a comportar numa situação inacreditável, inaceitável e pela qual, naturalmente, se não inverter caminho, corre sérios riscos de ser penalizada.
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