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sábado, 22 de junho de 2019

Da poetisa-escritora Maria Azevedo - Dias de meditar



 2 DE JUNHO DE 2010

Dias de meditar
  
As mãos esquecidas, no sossego brando da vida, numa paz sem tormento, que põe nos olhos o fulgor que os nomes e os livros não dizem.

Ando a ver se não perco a emoção que retempera, o consolo que devolve a luz à voz.

O cansaço que avassala o espírito não tolhe a inspiração, mas interrompe o sonho…

Ergo as palavras no silêncio das mãos.

E fecho-me nelas pelo lado de dentro,

Com as chaves de um entendimento brando,

As palavras tem assim luz própria, como uma estrela,

Ou uma comunhão de pétalas…

ETIQUETAS: MÃOS, MEDITAR, PALAVRAS, VIDA
Quando os cântaros do céu se entornam e as aves tentam roçar a lua
  
Habito do lado dos que misturam
As nervuras com cetins, e assim as fazem rimar
Numa magia profunda… densa,
Que aglutino e condenso em mim…
Janelas por dentro se abrem,
Brilham e nascem as letras…
Dançam… Pensam…
Tornam-se o reino das coisas,
Onde tudo vem por dentro
Dum lugar varrido… limpo.
E emerge, cresce subindo
No caule do fio do pensamento,
Esta minha moradia,
Na pura e simples nudez
Com que se veste o coração
É assim, encostada á vida.
A minha morada de hora imprecisa
Perde-se em sonhos, inventados da mente
Trazendo-me á boca raras palavras
De que raro falo,
Porque ser-se assim é por dentro!
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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