Os cucos cantam nos galhos do carvalho centenário enquanto o sol acorda, imponente num firmamento azul de matizes de aguarelas,
A natureza generosa e incansável sorri,
Desço a ladeira verde e perfumada de muitas primaveras, na paragem do autocarro uma velhinha sentada no banco bolorento, está rodeada de zombies, estáticos, debruçados sobre o telemóvel, sem um olhar uma palavra ou um sorriso, alheios ao mundo real e palpável.
Gente morta, gente de idades bem diferentes mas com algo em comum, sem comunicação e alheias ao mundo e às pessoas que as rodeiam.
Apenas me ocorre dizer pobre gente com quem afortunadamente não me identifico.
Que aconteceu à sociedade?
Não toleremos isto nas nossas casas, é urgente ensinar aos filhos e netos o poder e a força do diálogo.
O mundo está mais pobre cada dia, quando permitimos aos mais novos estar isolados dentro das suas casas e temos para isso todo o tipo de desculpas, cabe à família mudar o paradigma desta gente em especial a juventude . Vamos começar pelos mais novos, enquanto é tempo de travar esta lacra que já se alastrou a gente de todas as idades.
Fomos concebidos para socializar e conversar, a fala distingue - nos dos animais.
É tempo e hora de pensar seriamente nesta doença, não vá ser que nos esqueçamos de falar.
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