Ares airosos
Andam tolas as poupas amarelas do vale formoso,
Gritam alvoradas nos prados sedosos,
Chamam da guarida tingida de açucenas,
Morcegos malhados que arrancam as penas,
Calvários cansados espreitam nas janelas,
Anseiam abraços em noites sem estrelas,
Penteiam as águas formosas sereias,
Que acendem luzes e sangue nas veias,
Chegam andorinhas em albas madrugadas,
Matizadas de amor e mãos apertadas,
Numa doida atmosfera parida por luas,
De nenúfares vestidos e amantes nuas.
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