Tenho sempre a tendência, ou a deformação profissional, de olhar para as coisas e aprecia-las, também, pela componente físico/motora.
Isto acontece, particularmente, quando vejo os forcados em ação uma vez que durante um bom par de anos ajudei o grupo de Forcados da TTT a tratar da sua condição física e isso foi das coisas que, ao longo dos meus – quase – 40 anos de serviço , mais prazer me deu fazer
Assim, partilho convosco esta fotografia, verdadeiramente arrepiante, que fixou para a posteridade uma tentativa do grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita na recente, e fatídica, corrida de Coruche
Eis o que eu vejo de interessante.
Imaginem alguém, munido de uma pá, que pretende passar areia ,que está na sua frente, para as suas costas
Pode fazê-lo de duas formas:
1 – Enche a pá de areia e dobrando o antebraço sobre o braço, como se a mão pretendesse tocar no ombro, e despeja o conteúdo da ferramenta nas suas costas.
2 – Igual procedimento com a variante que o braço, sempre, esticado, lança a areia por cima da cabeça.
Não é difícil de imaginar qual das formas, 1 ou 2, lança areia mais longe.
Pois a imagem é o que me faz lembrar.
A cabeça do toiro é a pá, que eventualmente baixou – humilhou – para apanhar o forcado e vai descarregá-lo 90o (noventa graus) depois, imprimindo uma força dada por aquele morrilho verdadeiramente assustador por ser longo e volumoso logo, com uma robustez brutal*.
Não acredito que haja força de braços e abdominais que aguentem tamanho derrote.
*Parto do principio que esta tentativa foi feita com ajudas largas e dando vantagens ao toiro.
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