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domingo, 21 de julho de 2019

Do astrólogo Luís Moniz - “A política, a religião e a Espiritualidade“


“A política, a religião e a Espiritualidade“

Neste período de transição da história, a regeneração da Humanidade parece mais que nunca possível em virtude da expansão das consciências e da convergência cultural que existe entre os diferentes ramos do saber. 

A regeneração terá de funcionar no plano individual e coletivo, mas só pode acontecer privilegiando “as Leis da Natureza” 

A política e a religião podem conceder uma diversidade de conceitos, mas falta sempre a aproximação do “Ser” ao Universo. 

As igrejas e as pessoas não podem viver apenas baseadas em factos exteriores. 

A política não pode andar afastada das necessidades básicas da educação e da saúde das populações. Ainda, só há uma verdadeira regeneração quando se nasce Espiritualmente.

Mais cedo e mais tarde, as vicissitudes da existência levam o Ser Humano a se interrogar quanto à razão de sua presença na Terra. Esta busca de uma justificação é natural, pois é parte Integrante da alma humana e constitui o fundamento de sua evolução. 

Embora haja muitas razões, a razão é só uma: não podemos viver separados da Natureza. O Ser Humano tem um fascínio pelos mistérios da vida, mas tem mais necessidade de conhecer o seu plano Cósmico para a sua existência Terrena. É imprescindível a busca da verdade, que dá sentido à vida.

Se esta busca é natural, o Ser Humano é impelido à esperança e ao otimismo por uma imposição da sua Natureza Cósmica e por um instinto de sobrevivência. A aspiração à Transcendência aparece como uma exigência vital da espécie humana.

Relativamente à política, há a necessidade de uma renovação profunda na mentalidade dos agentes que deveriam servir a causa pública. Mas, a corrupção tomou proporções enormes. Ainda, são inadmissíveis retrocessos que limitam as liberdades individuais e colocam ditadores no “poder”.

As ideologias totalitárias contrastaram fatalmente com a necessidade de autodeterminação do Ser Humano, traindo assim o seu direito à liberdade e escrevendo as páginas mais negras da História. 

E as populações desqualificaram as velhas instituições materialistas, hipócritas e incoerentes. 

Os sistemas políticos baseados num pensamento único têm com frequência em comum o facto de imporem ao Ser Humano “uma doutrina da salvação” que se presume libertá-lo da sua condição imperfeita e elevá-lo a um estatuto “paradisíaco”. Por outro lado, a maioria dos regimes políticos não pede ao cidadão que reflita e sim que creia, o que os assemelha, na realidade, a “religiões laicas”. 

A crença, o seguidismo e a obediência provenientes do medo têm de dar lugar à Fé, à liberdade de pensamento e ao respeito.

O futuro passa por correntes de pensamento que encorajam o diálogo e favorecem as relações humanas, aceitando a pluralidade de opiniões e a diversidade dos comportamentos. Tais correntes se nutrem de trocas, de interações e mesmo de contradições, coisa que as ideologias totalitárias proíbem. 

A Astrologia foi expulsa da Igreja Católica porque liberta o Ser Humano e cria uma sintonia entre o Céu e a Terra. Mas, a política e a religião pretendem formar “carreiristas” e dependentes sem pensamento próprio. Os pensadores e os independentes sempre ficaram fora do sistema. 

A Astrologia sempre foi rejeitada pelos totalitarismos, qualquer que fosse a sua natureza. Desde as suas origens, a Astrologia preconiza a fraternidade e a liberdade individual que possibilita os Seres Humanos serem pensadores livres.

No estado atual do mundo, parece-nos que a democracia continua a ser a melhor forma de governo, o que não exclui certas fraquezas.

Com efeito, sendo toda a verdadeira democracia baseada na liberdade de opinião e de expressão, nela se encontram, geralmente, uma pluralidade de tendências, tanto entre os governantes como entre os governados. Infelizmente, essa pluralidade com frequência gera divisão, com todos os conflitos que disso resultam. Assim é que a maioria dos Estados democráticos apresenta fações que se opõem continuamente e de maneira quase sistemática. Essas fações políticas, gravitando em torno de uma maioria e de uma oposição, não estão mais adaptadas às sociedades modernas e desaceleram a regeneração da Humanidade. 

O ideal seria que cada nação favorecesse a emergência de um governo que reunisse todas as tendências misturadas e colocasse as pessoas mais competentes a governar. Porque a convergência e a divergência fazem parte de um todo.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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