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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Da escritora Graziela Veiga - SORTE E AZAR...



SORTE E AZAR...

A repetição de factos positivos ou negativos na nossa vida, pode sugerir que existe um processo interferindo no nosso caminho. 


Por vezes, temos a tentação de julgarmos as aparências e pensarmos que os outros têm mais sorte do que nós e nada fazem por ela. Nada mais falso.

Alguns mecanismos psicológicos podem, eventualmente influir no que chamamos de sorte ou de azar. Por exemplo, quando a nossa mente funciona de forma positiva, com mais confiança, pode interferir no sucesso de algo a que nos propusemos. Ainda há aquelas pessoas que utilizam a intuição, também ela funcional, sobretudo quando aplicada de forma positiva, poderá contribuir para uma maré de sorte. 

No entanto, quando a intuição é utilizada de forma negativa, poderá contribuir para uma maré de azar sucessivo. Normalmente, são aquelas pessoas que dizem que nunca têm sorte. Afinal, será mesmo falta de sorte? Não penso que assim seja. Há pessoas que estão predispostas a trabalhar e arriscar as suas vidas em prol daquilo que acreditam, e acham que vão conseguir alcançar os seus objectivos. Essas pessoas são bafejadas pela sorte porque trabalham por ela, têm convicções, defendem-nas e têm plena consciência de que a persistência, o entusiasmo com que trabalham, ser-lhes-á recompensado. Porquanto, há pessoas azaradas e parece que nada dá certo. Pergunto-me muitas as vezes sobre as escolhas que fizeram, se o fizeram de plena consciência e maturidade suficientes. É que as escolhas que nós fazemos para a nossa vida vão determinar em muito a nossa maneira de ser e de estar em sociedade, a nossa sorte ou azar, a todos os níveis. Apesar de acontecer assim, nem sempre corresponde à maioria dos casos. Há pessoas que escolheram muito mal, tomaram más decisões, mas com o passar do tempo, tiveram a audácia de contornarem os problemas, solucionaram alguns e, assim, conseguiram mudar o rumo das suas vidas. 

Também há aquelas pessoas que fizeram tudo direitinho e a partir de determinada altura, parece que nada dá certo. Entram em maré de azar e quase culpabilizam os outros. Normalmente a sorte e o azar, é fruto de nosso trabalho, do nosso empenho, ou seja, da positividade ou negatividade com que vemos as coisas. As pessoas optimistas tendem a vencer na vida, enquanto as pessoas pessimistas, normalmente, tendem a fracassar. 

No entanto, não há fórmulas para que todos sejamos felizes, pois somos diferentes, com vários graus de cultura, de aprendizagem. Porém, tenho a convicção de que a felicidade depende de cada um de nós. Sou eu que decido se quero ser feliz. E se eu decidir que sim, vou conseguir, com a Graça de Deus, apesar de todas as intempéries ou vicissitudes. 

Não esquecer que as pessoas felizes também têm momentos de tristeza. Isso é normalíssimo.


07-08-2019

Graziela Veiga

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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