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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Da escritora Graziela Veiga - Aprender a ser forte


APRENDER A SER FORTE...

Sei que a dor do outro nunca será a minha dor, pois é impossível vestir a mesma pele, sentir a tristeza que o outro sente.
No entanto, há dores que se eu pudesse, seria capaz de as suportar, sabendo que aliviaria aqueles que eu amo, mormente a minha filha. Mas não posso. Cada um tem de tralhar o seu caminho, tropeçar e cair. As pessoas só se tornam fortes depois de fraquejarem. A vida não perdoa os fracos, aqueles que se deixam embalar nas adversidades da vida e nada fazem para saírem do fosso em que caíram.
Apesar de tudo, não deixo de ficar triste quando alguém que eu amo ou gosto, está a passar por um momento menos bom. O meu coração se compadece e tento pôr-me no lugar dessa pessoa. A minha tristeza não é a mesma mas junta-se à outra tristeza. Duas tristezas juntas conseguem superar-se, separam o desespero da esperança, o desânimo da confiança.
E precisamos tempo. O tempo ajuda a repor a verdade e todos os enganos começam a fazer sentido. É preciso que sejamos persistentes, que acreditemos em nós próprios. Nada mais gratificante do que a auto estima elevada. Ela consegue superar o que à priori era insuperável.
As pessoas invejam o sucesso, mas não o trabalho. Invejam o resultado, mas não o sacrifício. Invejam o fruto sem saberem cultivar. Sem quererem sequer tentar aprender a cultivar.
O importante é que sejamos genuínos, continuemos a ser as pessoas que somos, sem hipocrisia, sem embuste.
Temos que aprender a dar valor às coisas boas da vida.
Em vez de relegar as coisas bonitas para segundo plano, reduzir as coisas mesquinhas à sua insignificância. Em vez de remoer e remexer em coisas sem importância, reparar em tudo o que nos faz felizes. Para isso, deixemos de bater sempre na mesma tecla, repaginemos a vida e encerremos alguns capítulos, sobretudo aqueles que nos deixaram más recordações.
Nunca devemos pensar que não conseguimos, pois enquanto houver hipótese, por menor que seja, por mais ínfima que pareça, lutemos. Trabalhemos. Enquanto houver possibilidade, ignoremos a probabilidade.
Enquanto houver uma frincha de luz, a escuridão não conseguirá nada. Uma luz ao fundo do túnel, é tudo quanto precisamos para chegarmos ao outro lado da margem e alcançar a meta.

21-10-2019
Graziela Veiga

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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