O vírus que mais e dói
Tem sintomas da saudade
Do sorriso que se foi
Morar na eternidade.
Nenhum há que tanto doa
Nem dor que seja tão dura.
E o que mais me magoa
É saber que não tem cura.
Foram-se ambos assim.
Na minha mente os vejo
A sorrirem para mim,
A pedirem-me um beijo.
Já o tinha embrulhado.
Triste de quem longe mora
Na distância dum fado
Onde a alma nos chora.
Chora a falta do beijo
Que nunca chegou a ir
Ao encontro do desejo
de jamais os ver partir.
É o vírus que tememos
Ao olharmos para trás:
Quantas lágrimas bebemos
Por quem mais falta nos faz?


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